tag:blogger.com,1999:blog-78125017694809410752024-02-21T08:35:24.744-08:00CRIAS DO INFERNObem vindo seres da noite.
seguidores das trevas e do caos.
senhores de sua vontade.
se-des todos bem vindos.
vampiros, demonios,bruxas, bruxos, gotigos ,inncubos e sucubos.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-69620021189651909552015-09-15T20:27:00.000-07:002015-09-15T20:27:30.088-07:00vista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY-LlZyip5s5PqB6NTK7AjmvPSE9Vq5icp_AQaaJKD1F0SwQSPhhV3tvLbbysqGXMLheU0pqjx9KH7sjpwEzEGG07NCwerXHQUuqF78FhbUBWXxMk0cQcBt7GKGcsJOngFxMI-22k8lw3U/s1600/1024342-bigthumbnail.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY-LlZyip5s5PqB6NTK7AjmvPSE9Vq5icp_AQaaJKD1F0SwQSPhhV3tvLbbysqGXMLheU0pqjx9KH7sjpwEzEGG07NCwerXHQUuqF78FhbUBWXxMk0cQcBt7GKGcsJOngFxMI-22k8lw3U/s1600/1024342-bigthumbnail.jpg" /></a>edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-53617699055829870032013-07-29T09:22:00.002-07:002013-07-29T09:22:39.282-07:00sobre a umbandaUmbanda é uma religião heterodoxa brasileira, cuja evolução do polissincretismo religioso existente no Brasil foi resultado de motivações diversas, inclusive de ordem social, que originaram um culto à feição e moda do país.
O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 19701 . Já os autores de vertente esotérica fazem alusão ao sânscrito a partir da junção dos termos Aum e Bandha, o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandhan teria sido passada de boca a ouvido e chegado até nós como A Umbanda.
História
O sincretismo religioso no Brasil, ou seja, a mistura de concepções, fundamentos, preceitos, ritualísticas e divindades se processou num quádruplo aspecto: negro, índio, católico e espírita porque outros foram menos dominantes ou de modo superficial e restrito a certas áreas.
O marco inicial surge com a escravatura do índio feita pelos primeiros colonizadores no Brasil. Entretanto, o aborígene pelas suas características de raça, de elemento da terra, conhecedor das matas, espírito guerreiro exaltado, sem qualquer organização com um rudimento de estrutura social, tendo a liberdade como apanágio de toda sua vida, não aceitou o jugo da escravidão. Tinha, contudo, uma crença no espírito e suas religiões. A influência do índio contribuiu para a formação da Umbanda fornecendo elementos da sua mitologia e cultivos, tais quais, a Pajelança, o Toré, o Catimbó, entre outros. Ademais, o caboclo, ancestral do índio que incorporava em suas manifestações, foi consolidado na prática umbandista 2
O colonizador, portanto, foi buscar nas terras africanas o elemento negro, o qual oferecia condições mais favoráveis para os misteres da lavoura, já conhecidos nas regiões de origem. Desse modo, houve um circuito branco-índio-negro que contribuiu sobremaneira para o complexo da formação brasileira, nele ressalvando, como uma constante a religiosidade em vários aspectos. Na época das senzalas, os negros escravos costumavam incorporar o que se conhece hoje como pretos-velhos, antigos escravos, que ao se manifestarem, compartilhavam conselhos e consolo aos escravos.
O sincretismo católico, produto da simbiose dos cultos de escravo e escravocratas no Brasil, chegou a tal ponto que se cultiva um orixá com nome e imagem do santo católico, não se podendo diferenciar em certas exteriorizações onde começa um onde termina o outro. São flagrantes os casos de São Jorge, Ogum, Nosso Senhor do Bonfim, Oxalá, São Cosme e São Damião, Ibeji, e Santa Bárbara, Iansã. Não raro, muitos chefes de terreiro mandam rezar missas e se declaram também católicos, além de haver um grande número de praticantes que frequentam as duas religiões. Houve, portanto, uma consolidação do santo católico, admitido já sob o aspecto de espírito superior, de guia-chefe ou como orixá, enquanto os candomblés procuraram mais se distanciar do sincretismo e não aceitar as imagens.
O primeiro relato histórico, segundo Cavalcanti Bandeira, cabe a Nina Rodrigues, falecido em 1906, quando já estava quase pronta a impressão do seu livro Os africanos no Brasil, referente aos estudos feitos entre 1890 e 1905, nos quais consta a descrição de um ritual praticado na Bahia, o mais semelhante da Umbanda atual, que é o seguinte:
Entre os casos que poderíamos citar, tomamos por sua importância à pastoral de um Prelado Brasileiro ilustre a descrição eloquentíssima do Cabula, por ele estudada, que mais não é do que uma instituição religiosa africana sob vestes católicas.
Diz d. João Corrêa Nery:
A Cabula: Houve alguém que disse ser grande e mais prejudicial do que pensamos, a influência exercida pelos africanos sobre os brasileiros. Parece mesmo que muito se tem escrito nesse sentido. Em certa região de nossa Diocese, tivemos, em nossa última excursão, oportunidade de observar a verdade desse asserto. Encontramos três freguesias largamente minadas por uma seita misteriosa que nos parece de origem africana. Nossa desconfiança mais se acentuou, quando nos asseveraram que antes da libertação dos escravos, tais cerimônias só se praticavam entre os pretos e mui reservadamente. Depois da lei de 13 de maio, porém, generalizou-se a seita, tendo chegado, entre as freguesias, a haver para mais de 8.000 pessoas iniciadas. Bem que agora esteja privada dos elementos mais importantes, que infelizmente possuiu outrora, ainda encontramos crescido número de adeptos. O tom misterioso e tímido com que nos falavam a seu respeito e a notícia da grande quantidade de iniciados ainda existentes, nos levaram, não só a procurar do púlpito invectivar essa tremenda anomalia, como também a tomar algumas notas que oferecemos à consideração e ao estudo dos curiosos. Graças a Deus nosso trabalho não foi inútil. Tivemos a "consolação" de ver centenas de cabulistas abandonarem os campos inimigos e voltarem novamente a N. S. Jesus Cristo, ao mesmo que tempo que, de muito bom grado, nos forneciam informações sobre a natureza, fins da associação que pertenciam. A nosso ver a Cabula é semelhante ao Espiritismo e à Maçonaria, reduzidos a proporções para a capacidade africana e outras do mesmo grau. Em vez de sessão, a reunião dos cabulistas tem o nome de mesa. O chefe de mesa é chamado de embanda e é secundado nos trabalhos por outros chamados cambones.
União Espiritista de Umbanda do Brasil, a Casa Mater de UmbandaPensa-se que a expressão embanda possa ser uma corruptela do termo Umbanda ou Quimbanda, mas de qualquer modo demonstra a antiguidade do ritual na Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, já no século XIX, onde teve a linha mestra de uma de suas origens sob certos aspectos.
Na descrição do ritual cabulista é identificado o bater das palmas, as vestes brancas, a disposição das velas em sentido cabalístico como nos riscados, a engira, hoje gira, o modo de aceitar um novo membro do corpo de médiuns da casa, em alguns a iniciação dos profitentes do culto, a chegada do santé que é o santo como hoje se diz, a marcação de pontos, além do cambone, o chamado assistente cambono.
Uma referência com outra data precisa se encontra no livro Religiões Negras, de Edison Carneiro, 1963, em que surge à tona o nome Umbanda ao referir: "nos candomblés de caboclo, consegui registrar as impressões umbanda e embanda, sacerdote do radical mbanda: Ké ké mim ké umbanda. Todo mundo mim ké Umbanda."
De acordo com Cavalcanti Bandeira, Edison Carneiro, em 1933, teria estado na Bahia para fazer essa verificação. Assim, teve a primazia de fixar num livro brasileiro a palavra Umbanda, sem qualquer alteração, com essa grafia, em relação a um fato no culto que estudou naquele estado.
Pode ser fixado o ano de 1905 para a Guanabara, como marco, quando João do Rio publicou as suas reportagens enfeixadas depois no livro Religiões do Rio, onde aprecia e relata todos os cultos, seitas e religiões existentes na época e por ele vistos, não se referindo ao nome Umbanda que, embora conhecido e usado nesse período ao que parece, não tinha galgado a evidência e nem definia um culto de largas proporções. Entretanto, sua prática no Rio de Janeiro remonta ao tempo do Império, quando na Serra dos Pretos Forros, no Lins de Vasconcelos, atual Estrada Grajaú-Jacarepaguá, pontificavam diversas casas de culto, cada uma dentro de uma linha tradicional africanista. Já no tempo da República se achavam espalhadas pelos diversos bairros, porém com a característica afro-brasileira bem nítida.
Sobressaíam-se os rituais de Angola, do Congo, de Guiné, Moçambique, Cabinda, Monjolo, Cassange, de Rebolo, Cabula, Muçurumi, como a Linha das Almas, Linha do Mar, Linha de Mina, e as chamadas Linhas Cruzadas, bem como a de Nagô.
Começou a fusão praticamente, depois da Luta dos Ogãs, na década de 1910 a 1920, pois os baianos que até então não se entrosavam nas cultuações, seguindo a tradição nagô dos candomblés (as macumbas como eram chamadas), foram aos poucos convivendo no conjunto religioso. Embora predominasse o culto de Angola, tinha uma apresentação distanciada da rigidez do misticismo baiano, como o Muçurumi do Rio de Janeiro, e os terreiros eram mais conhecidos como bandas ou pelo nome das entidades, ou dos seus dirigentes. Assim, muitos já haviam surgido no Morro do Castelo, de Santo Antônio, na Mangueira e de Morro de São Carlos, entre outros.
No conjunto de cultos bantos, no Rio de Janeiro, o nome Umbanda foi mais preponderante no decênio de 1920 a 1930, concorrendo para isso uma aglutinação pelos recessos motivados pelas perseguições havidas dos governos, pois, nessa época apenas se favorecia ao kardecismo. Mesmo assim, muitos centros foram surgindo, como por exemplo, a Tenda Espírita Mirim, fundada a 13 de outubro de 1924, praticando o ritual de Umbanda, sendo o nome comum de Tenda Espírita, que usavam os centros praticantes desse ritual. Na época não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais africanos eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos. Entre os inúmeros episódios desse tipo, destacou-se, por exemplo, o da chamada Quebra de Xangô, em Maceió, no estado de Alagoas, a 2 de fevereiro de 1912.3 . Em uma ação organizada pela Liga dos Republicanos Combatentes, os mais importantes terreiros de Xangô foram destruídos na capital alagoana, tendo pais de santo e religiosos sido espancados e imagens de culto destruídas. A ação teve como um de seus líderes o ex-governador Fernandes Lima, e visou atingir o então governador Euclides Malta, conhecido por sua amizade com líderes de religiões afro-brasileiras.
Detalhe da fachada de uma tenda de UmbandaSales, citando Arthur Ramos, diz que o autor chama esse novo produto, a Umbanda, de jeje-nagô-mussulmi-banto-caboclo-espírita-católico.4 Para Prandi5 e Oliveira6 , a Umbanda deriva da macumba carioca, e surge a partir da inserção de kardecistas insatisfeitos com a ortodoxia que não permitia a manifestação de caboclos e preto-velhos por serem considerados "espíritos atrasados". Ambos os autores a reconhecem como religião brasileira, surgida nas primeiras décadas do séc. XX, um período de urbanização e industrialização, o que segundo os mesmos, propiciou e contribuiu para sua formação.
No período de 1930 a 1940 a situação das tendas e terreiros melhorou bastante através da liberdade consentida e depois assegurada por lei, em 1934. Também data desse ano o início do Cadastro Policial, quando eram tiradas as licenças para as chamadas Festas Africanas, na então 4º Delegacia Auxiliar, que também exigia licença para os incipientes Terreiros de Umbanda.
Diamantino Fernandes Trindade relata em seu livro Umbanda e sua História que o início da expansão do Movimento Umbandista coincide com a subida ao poder de Getúlio Vargas, em 1930. Seu regime, de caráter autoritário, se solidificaria, em 1937, com a criação do chamado Estado Novo. As primeiras lideranças da Umbanda foram, direta ou indiretamente, ligadas ao regime. Alguns terreiros exibiam em suas paredes fotos do ditador. Apesar do apoio ao governo, os praticantes ainda sofreram perseguições e repressões que durariam até 1945. Uma lei de 1934 enquadrava a Umbanda, o Kardecismo, as Religiões Afro-Brasileiras, a Maçonaria, entre outras, na seção especial de Costumes e Diversões do Departamento de Tóxicos e Mistificações do Rio de Janeiro. Trata-se do mesmo departamento que lidava com álcool, drogas, jogo e prostituição. A lei vigorou até 1964. Os cultos eram vítimas da extorsão em troca de proteção da polícia, prática atualmente comum nos jogos de azar. Quando contrariada, a autoridade se resguardava na justificativa de que a macumba dava cobertura a tipos considerados comunistas. De acordo com relatos da época, Ogum, o orixá sincretizado com São Jorge, era identificado na década de 1930, com o Cavaleiro Vermelho. Há relatos de que a perseguição do governo Washington Luís (1926 a 1930) foi bastante intensa do que no governo seguinte de Vargas, pois este último teria sido um frequentador assíduo dos cultos afro-brasileiros.
Pai Jaú, falecido em 1989, ex-atleta de futebol do Corinthians, declarou certa feita numa reunião do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo (SOUESP), que várias vezes havia sido preso e sua libertação ocorrera por ordem direta de Vargas com quem mantinha relações cordiais.
Muitos terreiros surgiram do kardecismo ou foram fundados por espíritas que recebiam caboclos e pretos-velhos, especialmente foi marcante a influência da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, a qual funcionava no bairro de Neves, em São Gonçalo, fundada a 16 de novembro de 1908, seguindo inicialmente o Espiritismo codificado por Allan Kardec.
Em 1908, o médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas,7 recebeu a incumbência de fundar sete centros, os quais foram instalados na cidade do Rio de Janeiro, entre 1930 e 1937, com os nomes de Tenda Espírita. Ressalta-se que tenda, na época, eram as casas que funcionavam em sobrados, comuns na cidade, enquanto o termo terreiro era aplicado aos centros que funcionavam no mesmo plano da rua.
As sete tendas e seus responsáveis:
Tenda Espírita São Pedro - com José Meireles, em um sobrado da Praça XV de Novembro, Centro, fundada a 5 de março de 1935 e em funcionamento até 2012 na rua Visconde de Vila Isabel, 39, Vila Isabel.
Tenda Espírita Nossa Sra. da Guia - com Durval de Souza, na rua Camerino, 59, Centro. Fundada a 8 de setembro de 1927.
Tenda Espírita Nossa Sra. da Conceição - com Antônio Eliezer Leal de Souza, sem sede fixa. Fundada a 18 de janeiro de 1918.
Tenda Espírita São Jerônimo - com José Álvares Pessoa (Capitão Pessoa), na rua Visconde de Itaboraí, 8, Centro. Fundada a 9 de janeiro de 1935.
Tenda Espírita São Jorge - com João Severino Ramos, na rua Dom Gerardo, 45, Praça Mauá. Fundada a 15 de fevereiro de 1935. Casa de Ogum Timbiri. Foi a primeira das tendas de Zélio de Moraes a promover sessões de exu.
Tenda Espírita Santa Bárbara - com João Aguiar, sem sede fixa. Em outubro de 1952.
Tenda Espírita Oxalá - com Paulo Lavois, na atual Av. Presidente Vargas, 2567, Centro. Fundada a 11 de novembro de 1939.
Posteriormente a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade passou a funcionar na cidade do Rio de Janeiro, na Praça Duque de Caxias, 231, e em 1960, na rua Dom Gerardo, 51. Atualmente se localiza na Cabana do Pai Antonio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu sob a direção da neta de Zélio, Lygia de Moraes Cunha. Das sete tendas, apenas duas se encontram em funcionamento até 2012. A Tenda Espírita São Jorge está sediada à rua Senador Nabuco, 122, em Vila Isabel com sessões às segundas-feiras. Já a Tenda Espírita Oxalá se localiza à rua Ambiré Cavalcanti, 298, no bairro Rio Comprido.
O sincretismo entre brancos, índios e negros formou a UmbandaNo período ainda surgiram vários centros como a Tenda Espírita Nossa Senhora do Rosário, Cabana Espírita Senhor do Bonfim (6 de setembro de 1939, ainda em funcionamento no bairro de Todos os Santos), Tenda Espírita Fé e Humildade (em setembro de 1941), Cabana Pai Joaquim de Luanda (Méier, 28 de julho de 1937), Tenda Espírita Humildade e Caridade, (em setembro de 1941), Centro Espírita Caridade de Jesus, em Vila Isabel, em 1932, Cabana Pai Thomé do Senhor do Bonfim (em setembro de 1941), Centro Espírita Religioso São João Batista (em setembro de 1941), Tenda Africana São Sebastião, Centro Espírita Caminheiros da Verdade (em 4 de março de 1932, no Engenho de Dentro), Grupo Espírita Humildes de Jesus (em 12 de dezembro de 1928) e muitos outros, desde a Praça Onze e Rio Comprido até os subúrbios mais distantes, especialmente nos municípios limítrofes do Rio de Janeiro.
A 26 de agosto de 1939 foi fundada a Federação Espírita de Umbanda sediada à rua São Bento, 28, 1° andar, na Praça Mauá, sob a presidência de Eurico Lagden Moerbeck. O órgão, de 19 a 26 de outubro de 1941, promoveu o Primeiro Congresso Brasileiro de Espiritismo de Umbanda. No encontro foi proposta a desafricanização da Umbanda com o intuito de fuga da repressão policial. A comissão foi composta por Jayme Madruga, Alfredo Antonio Rêgo e o escritor Diamantino Coelho Fernandes, membro da Tenda Espírita Mirim8 . Como União Espiritualista Umbanda de Jesus (UEUJ), em 1944, teve papel preponderante na organização, edição e elaboração do livro O Culto de Umbanda em Face da Lei, entregue ao presidente Getúlio Vargas, no qual apresentava os anseios e direitos da comunidade religiosa perante a Constituição e a sociedade brasileira. Em 1947, seu nome foi alterado para União Espiritista de Umbanda do Brasil. Foi a primeira entidade federativa do país a congregar os centros já existentes. A União funciona atualmente à rua Conselheiro Agostinho, 52, em Todos os Santos. Foi também a responsável pela criação do primeiro periódico sobre o assunto, o Jornal de Umbanda, em 1947.
O objetivo principal na época era o de reunir as diversas tendas, a partir das sete primeiras, para uniformizar o culto umbandista, estabelecer o uso do branco no vestuário, homogeneizar as diversas classes participantes e as práticas ritualísticas de maneira simplificada dentro das diretrizes doutrinárias preconizadas nas bases estabelecidas, ao se criar estatutos e ordenamentos legais para evitar as terríveis perseguições ao culto. Se filiaram, entre outras, a Tenda Espírita Beneficente Santa Luzia, através do irmão Frederico, a Cabana Espírita Senhor do Bonfim, por Manuel Floriano da Fonseca, a Cabana de Pai Joaquim de Luanda, por Márcia Justino, além da Tenda Mirim, fundada em 1924, pelo médium do Caboclo Mirim, Benjamin Gonçalves Figueiredo. A histórica casa deixou inúmeras filiais, além do Primado de Umbanda, criado em 1952, compondo uma doutrinação disciplinar e hierárquica bastante contundente. Inicialmente localizada à rua Sotero dos Reis, 101, na Praça da Bandeira, se transferiu para a avenida Marechal Rondon, 597, em São Francisco Xavier, em 1942. Contava com vários colaboradores, entre os quais, o escritor Diamantino Coelho Fernandes, o Comandante Cícero dos Santos e Olívio Novaes. Já a Casa Espírita Caminheiros da Verdade, criada a 4 de março de 1932, e dirigida pelo Comendador João Carneiro de Almeida, se notabilizou como uma das mais influentes no estado. Está situada à rua Comendador João Carneiro de Almeida, 133, Engenho de Dentro, sob a liderança de Tarcizo Antonio Carneiro de Almeida.
A seguir foram criadas diversas tendas umbandistas, no dimensionamento doutrinário da Linha Branca, sob a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas também em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas e Bahia. Não raro, Zélio de Moraes se fazia presente, ou enviava representantes à organização e direção das novas tendas umbandistas. No território brasileiro existem muitos templos que foram fundados direta ou indiretamente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, incluindo outros que descendem dos originais. Um caso notório foi o do Tenente Joaquim Bentes Monteiro que solicitou a sua transferência para Belém do Pará a fim de fundar e dirigir a Tenda Santo Expedito.
Pretos-velhos, grandes trabalhadores da UmbandaEm 1940, é fundada por W. W. da Matta e Silva, a Escola Iniciática da Corrente Astral do Aumbhandan, a Umbanda Esotérica, na Tenda Umbandista Oriental (T.U.O.), em Itacuruçá, no estado do Rio de Janeiro.
Apesar do esforço inicial e ao longo da história por parte de autores, líderes e do próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas de codificar, dogmatizar e unificar a ritualística da Umbanda, sempre foi evidente uma autonomia dos terreiros no que tange à prática do culto. O dirigente, também intitulado diretor espiritual, pai de santo, zelador ou sacerdote, em conjunto com o guia-chefe da casa, é o responsável pela própria forma de praticar a Umbanda de acordo com a sua formação, interesses e influências diretas ou indiretas.
A Umbanda pode ser considerada uma união de diferentes tradições religiosas representadas pelos vários grupos étnicos e sociais existentes no país, que são freqüentemente antagônicos. Contudo, os umbandistas têm freqüentemente uma atitude ambígua em relação às tradições afro-brasileiras, o que é refletido nas tendências sócio-culturais dominantes na sociedade.
A religião se originou na conjuntura de um período político bastante tumultuado que assistiu, entre outros fenômenos, a emergência de movimentos nacionalistas e fascistas. Esse desenrolar político culminou na ditadura de 1937, com o chamado Estado Novo, de Getúlio Vargas. O período de grande nacionalismo foi marcado pelo começo de ideologia da democracia racial. Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala (1933) era um de seus defensores9 . Segundo esse pensamento, o igualitarismo racial e seus vários grupos teriam tido igual importância na formação da civilização brasileira. De acordo com Diana Brown, em Umbanda: Religion and Politics in Urban Brazil, de 1994, página 206, se criou uma falsa crença de que o preconceito racial não existia no Brasil. Mas seus efeitos já se faziam sentir no fim dos anos 1920, com a nacionalização e institucionalização da cultura afro-brasileira. Práticas culturais, como o carnaval e as escolas de samba, que haviam sido relegadas ao mais baixo status por causa de sua associação com os negros foram então reconhecidas como componentes importantes da cultura nacional. Os estudiosos brasileiros também começaram a se interessar seriamente pela cultura afro-brasileira, que desde o início era vista de forma exótica e folclórica. Nesse ínterim, a ditadura aboliu os movimentos negros que lutavam contra a discriminação racial, a qual continuaria profundamente enraizada na realidade social brasileira.
O Espiritismo, especialmente o pejorativamente chamado baixo espiritismo representado pelas religiões afro-brasileiras, era ainda proibido por lei. Durante o período da ditadura, em que ocorreu também a formação da Umbanda, a perseguição às pessoas envolvidas se intensificou. Contudo, a repressão era voltada aos praticantes do então baixo espiritismo, ou seja, as religiões afro-brasileiras. Por conseguinte, os umbandistas, por questão de sobrevivência, passaram a se identificar com o termo espírita, usado apenas pelos espíritas kardecistas. Ao optarem por essa denominação, os praticantes se associaram com o Kardecismo e com o então chamado alto espiritismo. Portanto, o termo espírita foi amplamente utilizado como fuga da repressão e ainda para dissociar os praticantes das novas religiões de sua ascendência afro-brasileira, um gesto que recorda o uso do sincretismo católico nos cultos afro-brasileiros durante o período da escravatura10 .
A ideologia da democracia brasileira era legitimada e manifestada por uma hegemonia branca. Nesse contexto houve a primeira tentativa de legitimar a Umbanda como religião. A legitimação envolveu a desafricanização e o embranquecimento da Umbanda. Em 1939, alguns fundadores dos centros originais da Umbanda do Rio de Janeiro, inclusive Zélio de Moraes, estabeleceram a primeira federação de Umbanda, a União Espiritista de Umbanda do Brasil (UEUB). A federação foi criada para dogmatizar, unificar, defender e organizar a Umbanda como uma religião coerente e hegemônica e assim obter legitimação social. Em 1941, a União promoveu o Primeiro Congresso de Espiritismo da Umbanda, uma tentativa de definir e codificar a Umbanda como uma religião com direitos próprios que uniria todas as religiões, raças e nacionalidades. A conferência é ainda conhecida por promover maior dissociação com as religiões afro-brasileiras. Os participantes ainda concordaram em utilizar a obra de Allan Kardec como a doutrina operante da Umbanda. Entretanto, os espíritos considerados fundamentais, como os caboclos e o pretos-velhos ainda eram considerados espíritos muito evoluídos. Os participantes se esforçaram durante o encontro em legitimar a Umbanda como uma religião bastante evoluída. Declarou-se que que existia como uma religião organizada há bilhões de anos, e portanto estaria à frente de outras religiões11 .
No esforço em legitimá-la como uma religião original e evoluída, os participantes procuraram dissociá-la de suas raízes afro-brasileiras. A origem da Umbanda foi então traçada no Oriente de onde, se dizia, teria se espalhado para a Lemúria, um continente remoto e perdido, e daí para a África. No continente africano a Umbanda degenerou em fetichismo. Dessa forma foi trazida para o Brasil pelos escravos negros12 . A influência africana da Umbanda não era negada, mas vista como corrupção da tradição religiosa original, na sua fase anterior de evolução. A Umbanda, teria ficado exposta ao barbarismo africano, na sua forma vulgar dos costumes, praticada por povos de costumes rudes, defeitos psicológicos e étnicos13 . Outro jeito de sublinhar o caráter africano da Umbanda foi expresso no reconhecimento de que ela se originou na África, mas na África Oriental (Egito), portanto, na parte mais ocidental e civilizada do continente14 .
O caboclo, entidade presente na UmbandaUm dos objetivos da conferência era o de traçar as raízes genuínas da Umbanda no Oriente. A invenção de raízes orientais, somada à negação das africanas, refletiu na definição do termo Umbanda, que se crê geralmente derivado da África. Declarou-se que Umbanda seria oriundo do sânscrito aum bhanda, termos que foram traduzidos como limitado no ilimitado, Princípio Divino, luz radiante, fonte de vida eterna e evolução constante15 . Os participantes do congresso se esforçaram em associa-lá às tradições religiosas esotéricas europeias e as novas correntes religiosas da Índia, representadas pela Vivekananda.
A influência africana da Umbanda foi reconhecida como um mal necessário que serviu meramente para explicar sua chegada e desenvolvimento no Brasil. O Candomblé, centralizado no nordeste do Brasil, era olhado como um estágio anterior da Umbanda, que havia se desenvolvido no sudeste. O Candomblé, ainda notabilizado pela barbárie dos rituais africanos, era assim associado com a magia negra. A lavagem branca da origem da Umbanda era expressa em termos como Umbanda Pura, Umbanda Limpa, Umbanda Branca e Umbanda de Linha Branca associada à magia branca. Os termos faziam oposição à magia negra, associada ao mal. Ademais, criou-se uma espécie de divisão de espíritos. A linha daqueles que se encontram à direita, os bons, e os da esquerda, maus, representados pela magia negra. As únicas instâncias de identificação positiva da influência africana da Umbanda eram os pretos-velhos, considerados pessoas simples e humildes, mas espíritos muito evoluídos. Já a África era tida como um continente heroico e sofredor.
A atitude dos participantes em relação à herança religiosa africana era assim caracterizada pela ambiguidade. Elas eram positivas e negativas, oscilando da tentativa de dissocia-los das tradições religiosas africanas até sua atitude distintamente paternalista para com a África, a quem classificavam com a imagem de humilde escrava. Os negros brasileiros eram aceitos porque afinal tinham alma branca16 .
Em 1945, José Álvares Pessoa, conhecido como Capitão Pessoa, dirigente da Tenda Espírita São Jerônimo, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da Umbanda. Segundo ele, em entrevista Leal de Souza, transcrita na página 439, do livro de Roger Bastide, As religiões africanas no Brasil, a fundação da Umbanda foi decidida em Niterói (estado do Rio) há mais de trinta anos, em uma macumba que ele visitava pela primeira vez. Até ali, ele fora um espírita kardecista. O pai de santo investiu-o dos poderes de presidente da Tenda de São Jerônimo, que deveria funcionar na capital, e lhe disse que importava organizar a Umbanda como religião.
Em 1947, surgiu o Jornal de Umbanda, que durante mais de duas décadas, foi o porta-voz doutrinário do culto umbandista, tendo como colaboradores Cavalcanti Bandeira, Olívio Novaes, J. Alves de Oliveira, W. W. da Matta e Silva, entre outros.
Em 1950, os defensores das práticas africanistas na Umbanda, liderados pelo tata ti inkice (sacerdote na etnia banto) Tancredo da Silva Pinto, relegados do primeiro congresso e da União Espiritista de Umbanda do Brasil, fundaram a Confederação Espírita Umbandista do Brasil, a qual existiu até 1967. Após a instauração do Regime Militar no país, a partir de 1964, a entidade vivenciou dificuldades de relacionamento entre elementos da sua administração. Tancredo, insatisfeito, desligou-se, vindo a constituir com outros companheiros, em 20 de Janeiro de 1968, a Congregação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB). Após o falecimento de seu presidente e fundador, em 1979, seu braço-direito, Martinho Mendes Ferreira, assumiu a instituição, a qual seria entregue a Fátima Damas, a atual presidente, antes de morrer. É importante frisar que apesar das perseguições policiais, os defensores do africanismo continuariam as suas práticas, ao adicionar elementos, como o cavaquinho, e promover rodas de samba para iludir a repressão policial. Tancredo, através de uma coluna semana no jornal O Dia, recomendava uma forma africana para os rituais. Ele conquistou grande liderança entre os mais humildes.
Com o intuito de divulgar os cultos afros, Tancredo criou as festas religiosas de Yemanjá, no Rio de Janeiro, a festa a Yaloxá, em Pampulha, Cruzandê, em Minas Gerais, a festa do Preto-Velho, em Inhoaíba, homenageando a grande yalorixá Mãe Senhora, na cidade do Rio de Janeiro, a festa de Xangô, em Pernambuco, além do evento Você sabe o que é Umbanda?, realizado no Estádio do Maracanã, na administração de Carlos Lacerda, e finalmente a festa da fusão do estado do Rio de Janeiro com a Guanabara, realizada no centro da Ponte Rio-Niterói.
Em 1956, os representantes das duas correntes, superaram algumas divergências e formaram uma coligação que reunia as principais federações do Rio de Janeiro. A organização recebeu o nome de Colegiado Espírita do Cruzeiro do Sul e tinha a União Espiritista de Umbanda do Brasil como principal articuladora. Tancredo da Silva Pinto esteve presente e chegou a ser um dos presidentes. Por conseguinte, em 1960, os umbandistas ganharam força e conseguiram eleger vários candidatos em alguns estados. Em 1958, o falecido Átila Nunes, conceituado radialista e dono do programa Melodias de terreiro, fora eleito no Rio de Janeiro.
Relata Diamantino Fernandes Trindade, que ainda na década de 1950, houve a penetração no Rio Grande do Sul, através de Moab Caldas, que chegou a ser eleito deputado estadual. Ocorreu ainda uma rápida expansão para o estado de São Paulo. Pai Jaú, Sebastião Costa e o Tenente Vereda, que participaram do Primeiro Congresso de Umbanda, em 1941, já haviam criado a Liga de São Jerônimo no ano seguinte. Em 1953, foi registrada em cartório a primeira federação de São Paulo, a Federação Umbandista do Estado de São Paulo (FUESP), fundada por Costa Moura. Outras associações foram fundadas, tais quais, a União de Tendas Espíritas de Umbanda do Estado de São Paulo (UTEUESP), fundada por Luis Carlos de Moura Acciolli, o Primado de Umbanda, de Félix Nascente Pinto, a Associação Paulista de Umbanda, de Demétrio Domingues. Em 1968, a UTEUESP passou a registrar roças de Candomblé e mudou sua denominação para UUTEUCESP (União de Tendas Espíritas de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo), sob a direção de Jamil Rachid. Em 1973, surgiu a FUGABC (Federação Umbandista do Grande ABC), dirigida por Ronaldo Linhares.
Em 1961, ocorreu o Primeiro Congresso Umbandista do Estado de São Paulo, organizado pelo General Nelson Braga Moreira. No mesmo ano aconteceu na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) o Segundo Congresso Brasileiro de Umbanda, no Rio de Janeiro, presidido por Henrique Landi Júnior, eleito pelas comissões organizadoras, e secretariado pelo escritor João de Freitas. Ao assumir a presidência, passou a coordenar os trabalhos das comissões e reuniões preliminares em outros estados. Quando todas já estavam com suas teses elaboradas, ocorreu no Maracanãzinho, a 28 de junho de 1961, a festa de congraçamento, na qual compareceram cerca de quatro mil médiuns uniformizados, além de grande público assistente. Cavalcanti Bandeira apresentou a tese, aprovada, de que o vocábulo Umbanda é oriundo da língua quimbundo e significa "arte de curar". Nesse congresso o Hino da Umbanda foi oficialmente adotado em todo o Brasil em caráter oficial. Houvera sido composto por um cego, ainda na década de 1960, chamado José Manoel Alves, que em busca de sua cura procurou o auxílio do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Mesmo não obtendo êxito, escreveu a letra para mostrar que era possível vislumbrar o mundo e a religião à sua maneira. Zélio de Moraes a apreciou tanto que decidiu apresentá-la no Segundo Congresso. Já a melodia foi composta por Dalmo da Trindade Reis17 .
De acordo com o escritor Diamantino Fernandes Trindade, em seu livro Umbanda Brasileira - Um século de história, de 2009: o Colegiado Espírita do Cruzeiro do Sul organizou o Segundo Congresso Nacional de Umbanda, em 1961, no Rio de Janeiro. Um dos objetivos desse evento era fazer uma avaliação das mudanças ocorridas no panorama umbandista nos vinte anos que se passaram desde o primeiro evento, em 1941. O Congresso ocorreu no Maracanãzinho e milhares de umbandistas estiveram presentes, incluindo dessa vez, representantes de dez estados e vários políticos municipais e estaduais. Esse evento foi organizado por Leopoldo Bettiol, Oswaldo Santos Lima e Cavalcanti Bandeira. A comissão paulista foi a mais numerosa e representativa, com a participação de Félix Nascente Pinto, General Nélson Braga Moreira, Dr. Armando Quaresma e Dr. Estevão Monte Belo. Neste congresso definiu-se a criação do Superior Órgão de Umbanda para cada Estado, congregando as Federações. Apenas o estado de São Paulo conseguiu criar o então chamado SOUESP (Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo) marcando presença no congresso posterior. Também nesse Congresso foi apresentada uma tese diferente da que havia sido veiculada no primeiro sobre a “Interpretação histórica e etimológica do vocábulo Umbanda”, tese apresentada por Cavalcanti Bandeira em contraponto a tese de Diamantino Fernandes, delegado representante da Tenda Mirim, que no Congresso de 1941 situava a palavra tendo origem em antigas civilizações e no sânscrito18 .
Na oportunidade se constituiu o SOUESP (Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo). Algumas discordâncias políticas fizeram com que outras federações se unissem em torno do Tenente Hílton de Paiva Tupinambá, em 1976, e fundassem o SOUCESP (Supremo Órgão de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo) que se tornou forte oponente do antecessor.
Durante as décadas de 1960 e 1970 a Umbanda atrai olhares curiosos do mundo inteiro e se torna manchete de jornais e revistas. Muitos discos são lançados contendo os pontos cantados. Manchete e Planeta são publicações que destinam sempre notícias ou estudos sobre a religião, cujo exotismo despertava a atenção das pessoas.
Em 1973, foi realizado novamente no Rio de Janeiro, de 15 a 21 de julho, no Estádio de São Januário, o Terceiro Congresso Brasileiro de Umbanda, sob o comando de Cavalcanti Bandeira. No evento o dia 15 de novembro foi instituído como o "Dia Nacional da Umbanda", legitimando assim a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas como fundador da religião e Zélio de Moraes como seu pioneiro, dois anos após o seu desencarne. Diamantino Fernandes Trindade relata a respeito em sua obra Umbanda Brasileira - Um século de história, de 2009: em 1973, realizou-se no Rio de Janeiro o Terceiro Congresso Nacional de Umbanda. A revista Mundo de Umbanda, número 1, de 1973, publicada pelo Primado de Umbanda, fazia referências às destemidas atuações de Cavalcanti Bandeira e outros umbandistas para a realização do evento. A revista citava: os umbandistas desejam consolidar o dia da Umbanda e preservar os rituais comuns e afins, proclamando o desejo de congregarem num colegiado nacional os órgãos associativos e federações estaduais, a fim de evitar as distorções e os abusos que são cometidos em nome da Umbanda. Segundo a revista, os temas propostos abordavam: Aspectos doutrinários e filosóficos; sincretismo religioso; teologias e crenças; moral e ética religiosas; práticas e rituais; iniciação e desenvolvimento; organização religiosa; música dança e cânticos; simbologia; aspectos administrativos; os cultos e a legislação oficial; órgão nacional inter federativo; temas livres e teses sobre a Umbanda. O Rio de Janeiro foi representado pelas mais importantes autoridades da Umbanda. São Paulo foi representado pelo SOUESP, por meio de seu presidente General Nelson Braga Moreira. Outros estados representados foram: Paraná, Rio Grande do Sul, Piauí e Santa Catarina. Wheatstone Pereira propôs a criação da Cartilha Umbandista e José Maria Bittencourt apresentou um trabalho sobre Casamento e Batismo na Umbanda, ambos aprovados por unanimidade. Nesse evento, a religião umbandista afirmou-se como uma das que mais crescem no Brasil e uma força significativa no campo das atividades sociais. Nessa época, diversos terreiros contavam com escolas, creches, ambulatórios etc. Após o Congresso foram fundadas onze novas federações, dentre elas a Associação Paulista de Umbanda e a Federação de Centros Espíritas e de Umbanda do Estado de São Paulo19 .
A 12 de setembro de 1977, no Rio de Janeiro, foi criado o Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda (CONDU), estabelecido à rua Sá Viana, 69, no Grajaú, sob a presidência do General Mauro Porto. Seu objetivo que era o de agrupar as federações de Umbanda espalhadas pelo Brasil. O núcleo inicial era composto por cinco grupos: Confederação Nacional Espírita Umbandista dos Cultos Afro-brasileiros, Congregação Espírita Umbandista do Brasil, União Espiritista de Umbanda do Brasil, Primado de Umbanda e Federação Nacional das Sociedades Religiosas de Umbanda. Depois outras entidades se agregaram. Chegou a reunir 46 associações. Contudo, no decorrer da década de 1980, por conta da morte de dirigentes e a consequente extinção de várias federações, a entidade perdeu força e encerrou suas atividades. Sua fase de maior êxito ocorreu no decorrer da década de 1970 quando chegaram a integrar seu quadro o pesquisador e escritor José Beniste, a presidente e fundadora da Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade (TULEF), Lília Ribeiro, falecida em abril de 2004, o pai de santo e escritor, Ney Néri dos Santos, conhecido como Omolubá, o escritor Celso Rosa (Decelso da Congregação Religiosa Umbandista Brasileira, Loris Lugheri, da Cruzada Federativa de Umbanda de SP, o presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB), Martinho Mendes Ferreira, o campista José Raymundo de Carvalho, o presidente da Aliança Umbandista do Estado do Rio de Janeiro (ALUERJ), Floriano Manoel da Fonseca, Evaldo Pina e ainda membros de fora do estado do Rio de Janeiro, entre os quais, Carlos Alberto Dias Bellone (Confederação Umbandista do Paraná), Abrumolio Vainer (Círculo Umbandista do Brasil) (SP), Rosalvo da Cunha Leal (CNEUCAP – RJ), Asy Sgambato (Congregação Religiosa Umbandista Brasileira) (RJ), José Vareda e Silva (SP), Raymundo Viriato Baptista Rodrigues (AM), Guiomar Bussili (SP), Carlos Leal Rodrigues (PB), Marne Franco Rosa (RS), Joaquim Brito de Carvalho (SP), Djalma Rodrigues da Rocha (PI) e Flávio Nicolino (SC). Os arquivos do finado CONDU, que se encontravam em poder de Lília Ribeiro, passaram às mãos de José Beniste, o qual enfim os entregou aos cuidados de Fátima Damas, presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil20 .
Durante a ditadura militar (1964-1985) a Umbanda obteve reconhecimento oficial e legitimação, por conta do projeto nacionalista. O regime diretamente apoiou a Umbanda para usá-la com o objetivo de manipular as massas, causando o desprezo dos que estavam na oposição ao governo.
Por volta de 1974 os praticantes de Umbanda, declarados e não declarados, foram estipulados em mais ou menos um quarto da população do Brasil.
A partir dos anos 1980, a Umbanda enfrentou forte oposição das igrejas neo-pentecostais, interessadas em se expandir e abarcar o maior número possível de fiéis. Começou o período de intensa decadência da religião. Ao iniciar suas atividades nos anos 50, a Igreja Evangélica Pentecostal ganhou muitos seguidores e influência na América Latina. Os pentecostais tentaram converter, e algumas vezes, perseguiram os seguidores da Umbanda e outras religiões afro-brasileiras. Alegavam que a Umbanda seria uma veneração aos demônios, além de prática de magia negra. Já a incorporação dos Orixás seria uma forma de possessão demoníaca21 .
Em 2005, no estado de São Paulo, a Umbanda ganhou uma decisão contra um canal de televisão patrocinado pelos pentecostais. O Ministério Público declarou ilegal que programas de televisão se referissem às religiões afro-brasileiras de forma derrogatória e discriminatória.
Ainda assim, as igrejas pentecostais converteram muitos umbandistas, especialmente entre as camadas mais desfavorecidas da população. Em meados dos anos 80, a favela Dona Marta, no Rio de Janeiro, contava com seis terreiros de Umbanda, um terreiro de Candomblé e um centro espírita. Surgiram no lugar oito igrejas neo-pentecostais22 .
Ainda hoje, apesar de existirem leis que reprimem o preconceito e a intolerância religiosa, os umbandistas enfrentam grandes preconceitos por parte da sociedade em geral. A intolerância não perdoa nenhuma faixa etária ou hierarquia religiosa, atingindo idosos, homens, mulheres e crianças, não respeitando sequer o principio universal de amor e compaixão para com o próximo e a total liberdade de crença23 .
Atualmente a Lei 11.635 referendada em 27 de dezembro de 2007 pelo ministro Gilberto Gil e sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, estabeleceu o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Aponta-se essa data como provável causa da escolha, pois ocorreu o aniversario de falecimento da Mãe Gilda de Ogum, mãe-de-santo, que sofreu um infarto fulminante após ver seu nome e imagem atrelados a uma reportagem do Jornal Folha Universal da Igreja Universal do Reino de Deus em uma matéria intitulada Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes e ter seu terreiro invadido por fiéis neo-pentecostais24 .
No que diz respeito aos cultos religiosos de matriz afro-brasileiros, a Umbanda em especial, a grande maioria das pessoas é influenciada pelo senso comum de que a Umbanda é coisa do mal, primitiva e pagã. Aponta-se para tal repúdio diversos fatores, porém, o que chama mais atenção é a crueldade com a qual o Bispo Edir Macedo descreve a Umbanda. Em seu livro publicado pela Editora Gráfica Universal Ltda., no ano de 1990, intitulado Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?, há uma análise preconceituosa, distorcida e ofensiva sobre a Umbanda e suas entidades. O que chama mais atenção para o conteúdo de tal livro, é a influencia que exercida sobre os seguidores de tal religião. Ele insufla seus fiéis a serem preconceituosos e a desrespeitar os umbandistas25 .
Edir Macedo é profícuo na publicação de obras polêmicas. No final da década de 80, sua obra Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios? foi recolhida por determinação judicial em vários estados brasileiros. A Justiça entendeu que o objetivo da obra era de propor uma ação persecutória aos adeptos das religiões de matriz africana, além de demonizar e reprimir as práticas da referidas religiões. Apesar disso ainda é possível encontrar a publicação em várias igrejas neo-pentecostais e na própria sede da IURD26 .
Sendo assim, fica nítido que o mau exemplo dado por um líder religioso como Edir Macedo só faz aumentar o preconceito contra as religiões de matrizes afro, e anula quaisquer possibilidades de erradicar a intolerância religiosa. Em uma sociedade cujo homem desfruta do livre arbítrio, o que deve predominar é o respeito à pluralidade e as diversas formas de manifestações divinas. Episódios tristes diariamente chamam nossa atenção no que concerne ao preconceito que os adeptos das religiões afros sentem. Terreiros constantemente são invadidos por fiéis das igrejas neo-pentecostais da Universal do Reino de Deus. Tal preconceito reflete nas ruas, nas escolas e em locais públicos como hospitais.
Em janeiro de 2013 a ministra Luiza Barros, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, declarou que os evangélicos estão mais intolerantes e desejam acabar com as religiões de matriz africana.
edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-88434382122205910352013-07-29T08:45:00.000-07:002013-07-29T08:45:11.667-07:00um pouco sobre lobisomensOs lobisomens aparecem em muitas histórias antigas. Em algumas histórias, eles próprios se transformam em lobos. Podem conseguir isso cobrindo-se com uma pele de lobo, bebendo água depositada em uma pegada de lobo ou esfregando um ungüento mágico sobre o corpo. Em outras lendas, as pessoas são transformadas pelo poder mágico de outras.
Pelo mundo todo, lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem maligno. De acordo com antigas crenças, é um homem que possui a maldição ou poder de transformar-se em lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua. Presumia-se que a maldição era contraída através da mordida de um outro lobisomem, ou amaldiçoada por um mago. A imagem mais comum é a de uma criatura do mal, percorrendo a noite em busca de vítimas, tanto animais quanto humanas. Os lobisomens, na maior parte das histórias, tentam comer as pessoas. As pessoas que são ameaçadas pelos lobisomens usam vários métodos para trazê-los de volta à forma humana. Entre esses métodos incluem-se dizer o verdadeiro nome do lobisomem, bater três vezes na testa dele e fazer o sinal-da-cruz. De acordo com as histórias, um modo de se descobrir a identidade do lobisomem é ferí-lo depois procurar uma pessoa que tenha os mesmos ferimentos.
As histórias sobre os lobisomens já foram muito comuns na Europa, com vários nomes, e se difunde no Brasil pelas vilas e roças. É um homem que se transforma em lobo ou cão. Geralmente é descrito como um homem recoberto de pêlos de lobo que, nas altas horas de Sexta-feira, sai à procura de suas vítimas, de quem bebe o sangue. Lendas de outras partes do mundo contam sobre pessoas que se transformaram em outras espécies de animais. Entre esses animais estão os tigres, em Mianmá e na Índia; as raposas, na China e no Japão; os leopardos, na África ocidental; e as onças, entre os índios da América do Sul.
A palavra técnica para lobisomem é licantropo. Essa palavra vem do nome de um rei da mitologia grega, Licaão, que foi transformado em lobo pelo deus Zeus. Licantropia é uma forma de doença mental em que a pessoa imagina que é um lobo.
Lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem malígno. Um homem ou espírito na forma de um lobo que vaga pela terra à noite. De acordo com antigas crênças, é um homem que possui a habilidade da transmutação em um lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua.
Esse termo foi originalmente usado para descrever um homem capaz de transformar-se em um lobo, mas hoje é mais utilizada na psiquiatria para descrever um bem conheçido tipo de alucinação. É uma doença psicológica a qual o efeito é a crênça, por parte do infectado, de que seja realmente um lobisomem. Em muitos casos Lincantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns lincantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo.
As lendas sobre Lobisomens tiveram início na França, no séc. XV. Mais de 30.000 ações judiciais contra Lobisomens aconteçeram. E quase 100 delas foram executadas pois eles teriam cometido seus crimes na forma de um lobo. Na verdade esses pobres diabos eram apenas Lincantropos.
Não se sabe exatamente quando os Lobisomens apareceram. A primeira aparição deve ter ocorrido no século 5 a.C., quando os Gregos, estabelecidos na costa do Mar Negro, levaram estrangeiros de outras regiões para mágicos capazes de transformar a si mesmos em lobos. Os anciãos diziam que essa metamorfose tornava possível a aquisição da força e astúcia de uma fera selvagem, mas os Lobisomens retiam suas vozes e vislumbre humanos fazendo com que não fosse possível distingui-los de um animal comum. Por outro lado, a verdadeira e mais comum lenda dos Lobisomens nasceu em terras francesas.
De acordo com as lendas, existem quatro formas de alguém se tornar um Lobisomem. Elas vêm a seguir:
1a: Pela própria maldição, resulta em o que é chamado de Lobisomem Alpha, que pode ser visto como o primeiro Lobisomem de uma grande família. O desafortunado indivíduo ganha a perversa maldição por ter desafiado ou destruído um poderoso mago. Ele irá perceber que está amaldiçoado na primeira noite de lua cheia, depois do encantamento. A primeira metamorfose é a mais traumática e uma completa surpresa.
2a: Transmissão hereditária devido ao fato da criança do Lobisomem obter a mesma maldição de seu pai ou mãe. É exatamente o mesmo resultado de ser mordido por um Lobisomem. Se um Lobisomem decidir transmitir a maldição para outra pessoa, é suficiente que ele a morda. Mas normalmente, o Lobisomem irá considerar muito cruel amaldiçoar alguém dessa forma, então escolherá matar e devorar a vítima.
3a: Sobreviver à um ataque: Se alguém for mordido e sobreviver, ele vai dormir bastante nas próximas semanas enquanto a doença se propaga por seu corpo. Com a primeira lua cheia, a vítima vai descobrir seu novo e maléfico potencial e um incontrolável desejo de sangue (não limitado à humanos).
4a: Um método discutível de se tornar um Lobisomem é ser mordido por um Lobo que decide amaldiçoar um homem, por qualquer rasão. O princípio continua então como a maldição por mágica, não significando doença, mas metamorfose na primeira noite de lua cheia.
Hierarquia das Famílias
Um Lobisomem Alpha pode gerar uma série de Lobisomens Beta na terra, tanto por reprodução quanto através de mordida. Este deve absolutamente manter a lealdade dos Lobisomens Beta, porque se não, como são imortais, o resultado será sangrentas batalhas pela liderança da alcatéia. Certos Lobisomens rebeldes podem instigar atritos em uma alcatéia. Sem dúvida, os Lobisomem Alpha, mesmo sendo o líder, não pode realmente machucar um Lobisomen Beta de sua família, pois neste caso todos os danos que ele infligir, serão também infligidos nele próprio, podendo levar à morte. Por outro lado, um Lobisomem Beta pode matar um Lobisomem Alpha sem dificuldade e, assim, libertá-lo da maldição. Para a sorte do Lobisomem Alpha, a alcatéia pode controlar os rebeldes, pois um Lobisomem Beta pode matar outro Lobisomem Beta sem problemas. Usualmente, o Lobisomem Alpha é protegido por um ou mais Lobisomens Beta.
É similar à árvore genealógica onde nenhum pode ferir seus descendentes, mas sim, ferir seus ancestrais e irmãos e , ainda, com o fato de que matar um ancestral irá causar uma quebra na cadeia e abençoar todos da mesma família. A maldição é quebrada quando o Lobisomem Alpha é eliminado.
Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.
Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia).
Em Roma antiga já era mencionado pelo historiador Plínio. Além de lobo, na Europa, ele, pode se trasnformar também em Jumento, Bode ou Cabrito Montês.
Para virar Lobisomem, o homem se espoja numa encruzilhada onde os animais façam espojadura. Conta-se que o Lobisomem, sai à procura de meninos pagões e, quando os encontra bebe seu sangue. De acordo com a região, ele, é uma pessoa que foi amaldiçoada pelo pai, padrinho ou padre.
Quando a pessoa é branca, vira um cachorrão preto e quando é negro vira um cão branco. Algumas versões dizem que ele sai às noites de quinta para sexta, em busca de cocô de galinha para comer, e por isso invade os galinheiros. Depois disso ele vai em busca de crianças de colo para lamber suas fraldas sujas de cocô.
Para quebrar seu encanto, basta que alguém faça nele um pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue. Ou ainda, o acerte com uma bala untada com cêra de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na meia noite do Natal.
edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-50360518643416011902013-07-29T08:31:00.000-07:002013-07-29T08:31:37.292-07:00como pedido sobre Aset Ka Teoricamente existe uma ordem secreta,os Aset Ka que são responsáveis pela manutenção da cultura espiritual Asetiana que teve origem no Egipto antigo,esta ordem oculta é a principal e a mais verídica congregação vampírica,onde o seu poder consiste na espiritualidade predatória capaz de ter resultados no mundo real de um modo surpreendente.Nós, os ditos normais, poderíamos confundir os seus rituais com magia negra simples e crua.
Os Asetianos são definidos como os vampiros primordiais, os primeiros seres vampíricos. Segundo a mitologia, eles são os descendentes de Aset, uma divindade Egípcia cuja história e arquétipo remontam ao Pré-Dinástico, e cuja desenvolvimento e evolução teológicos aconteceram ao longo das diversas Dinastias até às eras mais tardias. Aset é o nome em Egípcio para Isis, designação Grega para esta divindade antiga.
A base desta dita religião também embraça a reencarnação,uma vez que crêem que os Asetianos vão se aprimorando de vida para vida,mudando apenas de corpo,um limbo eterno em busca da perfeição,são os filhos de Aset,imortais e tudo menos humanos embora se misturem entre nós e se pareçam connosco.
É uma monarquia em que o espírito não morre,fazendo um legado pertinente,a necessidade de obter energia,os poderes e conhecimentos transportados de vida em vida valeram a estas criaturas a definição de vampiros.
De boca em boca as histórias foram-se alterando criando mitos como os que conhecemos,dos chupadores de sangue.
A honra e a lealdade torna o elo construído pelos Asetianos algo exclusivo e poucos terão a honra de ingressar nela ou chegar perto da congregação.
Existem os que se alimentam de sangue,mas não como método de sobrevivência apenas como ritualismo,existem os que se alimentam da essência alheia,a nossa energia...existem os híbridos que alternam entre os dois métodos de alimentação.
O verdadeiro vampiro realiza-se seja pelo toque esporádico na pele de alguém,seja por um mero encontro sexual,seja pelo sangue que nos corre nas veias,ele anseia pelo Ser,pelo Ka,a essência da vida.
A ordem não quer e não faz recrutamentos,não lhes interessa ser acreditados positivamente ou não,não existem membros a discursar em blogues,palestras e afins.
Não existem passos para se ser aceite,ser um filho de Aset é algo intemporal,quem desejar abraçar este modo de vida deve ter em mente que não há um caminho certo para a Iluminação,a iluminação está em nós e naquilo que absorvemos.
É curioso pois ao contrário das outras comunidades espirituais eles não anseiam pela notoriedade.
"We live in Secret. We live in Silence. And we live Forever..."é o lema Asetiano.
As três linhagens existentes são tão fascinantes como o todo:
* Serpente, A Linhagem dos Viperines
* Escorpião, A Linhagem dos Guardians
* Escaravelho, A Linhagem dos Concubines
Para quem quiser saber mais eu aconselho que comprem o livro,mas atenção os mais fracos podem não estar preparados para o que vão encontrar.
Aconselho também ''O Vampiro'' de Jonh Polidori,publicado em 1819, uma história de falsa amizade e sedução entre o vampiro e o jovem inglês e a irmã deste, é também a primeira pista para compreender a vocação e inclinação sexual do vampiro como o vemos hoje no cinema e na literatura (sendo Anne Rice um dos maiores exemplos). Subtilmente, está tudo lá.
É, portanto, um conto obrigatório para todos os amantes da mitologia vampírica.
edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-7885372487934428902013-07-29T07:59:00.002-07:002013-07-29T08:05:21.917-07:00ORAÇAO PARA O DEMONIO DEIXAR O ENFERMO - exorcismo ( LIVRO DE SAO CIPRIANO)Se as orações foram ditas e pronunciadas como se preceituou e se,
passando três dias, o doente ainda se en¬contra possesso, trata-se, é claro, "de uma morada aber¬ta", que logo deverá ser fechada da seguinte forma:
Arranja-se uma chave de aço, em ponto pequeno, e deita-se-lhe a bênção da forma seguinte:
"O Senhor lance sobre si a sua santíssima bênção e o seu santíssimo poder para que te dê a virtude eficaz, para que toda a morada ou porta onde entra o Satanás por ti seja fechada, jamais o demônio ou seus aliados por ela possam entrar,
pois abençoada seja em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém".
Deita-se água benta em cruz sobre a chave.
A chave deve estar sobre o peito do enfermo,
como se se estivesse a fechar uma porta, proferindo as seguin¬tes palavras:
sois Deus Onipotente, que do seio do eterno Pai vies¬tes ao mundo para a salvação dos homens, dignai-vos, pois, Senhor, de pôr preceito ao demônio ou demônios, para que eles não tenham mais o poder e atrevimento de entrar nesta morada.
Seja fechada a sua porta assim como Pedro fecha as portas do céu às almas que lá que¬rem entrar sem que primeiro expiem as suas culpas".
O religioso finge que está a fechar uma porta no peito do enfermo:
"Dignai-vos, Senhor, permitir que Pedro venha do céu à terra fechar a morada onde os malditos demônios querem entrar quando muito bem lhes parece.
"Pois eu, (<b>o nome de quem profere a oração</b>), em vosso santíssimo nome ponho preceito a esses espíritos do mal, desde hoje para o futuro não possam mais fazer mo¬rada no corpo de (nome do doente), que lhe será fecha¬da esta porta perpetuamente, assim como lhe é fechada a do reino dos espíritos puros. Amém".
Terminada esta oração, escreva-se em um papel o nome de Satanás, queima-se o papel e pronunciam-se as seguintes palavras:
"Desapareça, Satanás, como pó de estrada e o fumo das chaminés".
A mais potente esconjuração de São Cipriano, feita num momento de profunda integração com as forças do grande Cosme.
fonte : livro de sao ciprianoedyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-5697925221830333062013-07-29T06:43:00.001-07:002013-07-29T06:43:08.906-07:00sobre os comentarios quero dizer a todos q comentaram obrigado pelos comentarios.
e respondendo a alguns.
eu nao sou nada, nao conheço nada, apenas passo aqui alguns conhecimentos e textos q li e achei.
sim me intereço por tudo q se refere a magia e ao obscuro, gosto e muito do lado sobrenatural do mundo q nos serca por isso publico aqui oq gosto.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-74372919128338678842013-07-29T06:20:00.000-07:002013-07-29T06:20:08.282-07:00VOLTEI DOS MORTOS É MINHA GENTE ATE TENTARAM MAIS TO DE VOLTA.
PASSEI 4 ANOS EM COMA MAIS AQUI ESTOU EU DE VOLTA DO REINO DOS MORTOS.
VIVO E BEM PRA QUEM QUIZER SABER HAHAHAHA
E VOU VOUTAR A POSTAR AOS POUCOS MAIS TO DE VOLTA !edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-46869720921974473162009-10-27T21:10:00.000-07:002009-10-27T21:28:29.742-07:00Ritual de Auto-Iniciação Luciferiano<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9T-ozXpwOiWM471IQGcWYfV6YO5nO8lnnTZ9U1vphc8jy3zHC69zm58nwUcEN819q9PNUGmR1KOCuaPoNYCVwGVo-oOaQO2Qnz6N9-chFV7iNBPhjhoFymvTinKC8H2GvGu0V-gxNhgtt/s1600-h/logo+da+marca+edyhell.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 317px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9T-ozXpwOiWM471IQGcWYfV6YO5nO8lnnTZ9U1vphc8jy3zHC69zm58nwUcEN819q9PNUGmR1KOCuaPoNYCVwGVo-oOaQO2Qnz6N9-chFV7iNBPhjhoFymvTinKC8H2GvGu0V-gxNhgtt/s320/logo+da+marca+edyhell.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397498877180579202" /></a><br /><br />Ritual de Auto-Iniciação Luciferiano<br />por Lilith Ashtart<br />Introdução<br />A iniciação é um ritual presente em quase todas as religiões do mundo, sejam elas<br />representantes do Velho ou do Novo Aeon. Ela pode estar presente de forma explícita ou não; ser<br />executada logo nos primeiros anos de vida do indivíduo (e assim este ser iniciado independente de<br />sua vontade) ou quando este desejar tê-la; ser realizada através de um ritual hermético ou<br />cerimonial.<br />O primeiro propósito da iniciação é colocar o indivíduo em contato com a egrégora da respectiva<br />filosofia que ele está adentrando. Este passo cumpre-se em todas as iniciações, sejam elas<br />voluntárias ou não. Porém o real objetivo da iniciação só é atingido com a escolha voluntária do<br />iniciado: quando ele assume um compromisso consigo mesmo de vivenciar aquela filosofia. Para isso<br />ele deve de livre vontade aceitá-la, pois nada que é imposto é vivido em sua plenitude. Quando<br />utilizo a palavra "aceitar" não me refiro simplesmente ao ato banal de seguir dogmas préestabelecidos<br />por outrem. Ao contrário: é de suma importância que ele descubra dentro de si qual<br />sua verdade, mesmo que inicial, para assim aceitá-la e dedicar-se a aprimorá-la cada vez mais, até<br />que possa descobrir sua verdadeira Vontade.<br />Sendo assim a iniciação pode ocorrer mesmo sem a realização de um ritual, já que é a aceitação<br />de uma verdade e compromisso consigo mesmo para atingir determinada meta. A realização do<br />ritual, porém, é um modo a mais de afirmar este compromisso.<br />Todos sabemos que é muito mais fácil trabalhar com elementos reais do que apenas<br />mentalmente. Ao executar um ritual, estaremos envolvendo elementos físicos como símbolos, cores,<br />palavras que refletirão em nossa mente, facilitando então alcançarmos nosso objetivo através de<br />uma maior concentração, envolvimento... Mergulharemos mais profundamente dentro de nós<br />mesmos e do próprio Cosmos, em todas as suas manifestações.<br />O ritual que forneço a seguir é uma sugestão de um auto-ritual de iniciação Luciferiana. Seria<br />interessante o leitor mudar o que achar necessário para se adaptar à sua própria filosofia, caso<br />deseje realizá-lo.<br />Ritual<br />Preparação do Templo<br />Deve ser traçado um círculo na cor verde grande o suficiente para que dentro dele possa ser<br />montado o altar. Ele não pode atrapalhar os movimentos durante a execução do ritual.<br />O altar deve situar-se ao leste, e acima deste devem estar os seguintes materiais: três pequenas<br />fontes dispostas como vértices de um triângulo eqüilátero, uma vela negra disposta ao centro, uma<br />adaga, um cálice contendo vinho tinto, uma corda representando o açoite (caso não possua um), um<br />recipiente contendo óleo de oliva, outro contendo sal e uma imagem de Serpente ou Dragão.<br />Ao redor do círculo, em seu lado externo, devem ser acesas 11 velas vermelhas, distribuídas de<br />forma eqüidistantes. Dentro do círculo devem ser colocados, nos pontos cardinais: trigos (ao norte),<br />uma vela (ao sul), incenso (ao leste) e um recipiente com água (ao oeste).<br />Outros materiais necessários<br />Uma rosa vermelha, uma coroa confeccionada com folhas de louro, vestes nas cores branca e<br />dourada. Estas vestes, compostas por um robe branco adornado de dourado, devem ser colocadas<br />dobradas perto do altar.<br />O Ritual<br />Este ritual exige um local em que a/o aspirante tenha completa privacidade. Ele/a deve estar<br />nu/a no centro do círculo com os braços abertos em forma de cruz. Na mão esquerda encontra-se a<br />rosa vermelha. Em sua cabeça deve estar a coroa. Nesta posição deve se manter durante alguns<br />minutos enquanto visualiza uma corrente contínua de luz descendo sobre sua cabeça, passando para<br />seu corpo e este distribuindo-a para todo o círculo, que se preenche de luz enquanto fora dele há<br />apenas trevas. Quando sentir o círculo saturado por esta luz deve então dirigir-se ao altar e dizer,<br />depositando a rosa:<br />“À ti, oh bela ASTAPHE, ofereço-te esta rosa escarlate, da cor de teu amado. Que sua luz ilumine<br />e guie meus caminhos tanto nesta noite ainda mergulhada em trevas como na aurora que está a ser<br />anunciada.”<br />A seguir deve, em sentindo anti-horário, posicionar-se ao Norte. Após traçar o pentagrama de<br />invocação da terra, mantrar o nome Zimimay. Ao Oeste deve-se traçar o pentagrama de invocação<br />da água e mantrar o nome Corson. Ao Sul deve-se traçar o pentagrama de invocação do fogo e<br />mantrar Gaap. Ao Leste traçar o pentagrama de invocação do ar e mantrar Amaymon. Retornar ao<br />centro do círculo na posição inicial e proclamar:<br />“A Vós convoquei, oh Grandes Reis, para que assistam-me em minha revelação a vós. Que meu<br />grito ecoe por todo o CHAOS. Que todo ser do Cosmos saiba quem sou. Sou um(a) filho(a) de<br />Deuses, possuindo a divindade em mim. À mim as estrelas brilham, à mim os ventos cantam, à mim<br />as flores enfeitam os caminhos. Pois Eu sou aquele(a) que é filho(a) de Lúcifer, cuja essência<br />encontra-se em toda a criação. Nele foi meu princípio, nele será meu fim. Minha Vontade é voltar a<br />Ti, oh Pai, e aqui selo meu compromisso contigo. Pai ilumina-me com teu conhecimento; Mãe banhame<br />com Teu sangue. À Vós adoro pois encontrei-os em mim mesmo(a). Assistam o renascimento da<br />Estrela da Manhã, sob o signo de fogo da estrela de cinco pontas! À mim toda a criação curva-se em<br />respeito, louvor e devoção”.<br />Dirija-se ao altar. Pegue um pouco do sal e coloque na fonte superior. Pegue mais um pouco e<br />jogue sobre a chama que se encontra ao centro e diga:<br />“Que a constância do Sal se reflita em meus pensamentos”.<br />Pegue a adaga e coloque-a sobre o lado direito do peito, de maneira simbólica, dizendo:<br />“Que o sangue que preenche o cálice seja o mais puro e divino”.<br />Devolva ao altar. Pegue a açoite e diga:<br />“Que meu corpo lembre-se que na severidade também se encontra o amor”.<br />Devolva ao altar. Pegue a taça e diga:<br />“Que o entendimento traga a harmonia”.<br />Beba e então devolva ao altar. Vista as roupas que estão ao lado do altar. Por fim pegue o frasco<br />com óleo e passe um pouco sobre a cabeça, dizendo:<br />“Por minha Vontade consagro-me à Grande Obra, e assumo o lugar que tenho nela por direito. A<br />partir deste momento não apenas mais recebo luz, mas a emano de mim mesmo (a). Conheçam-me<br />por quem sou, lembrem-se de meu nome: ......................... (diga o nome que deseja assumir).<br />Agradeça e dê a ordem de partida a todos os seres presentes, em especial aos quatro grandes<br />Reis. Apague a vela do altar e em seguida as que estão ao redor do círculo.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-48212412585201713662009-10-25T12:55:00.000-07:002009-10-25T13:00:06.053-07:00MAGIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoiHXY6HJdUAdWJHsGbDLQ7HzXhxO378Pg90e08mFCj2w20tuyd3tvO9R3kEc4UXL73iUoB7FZ48ONSmj9NwPaH2DCvqQIbjnz83IbNlkZaUQDzJ3hnDhgy6uky-xpa-Tt88jfh2VrH4Z/s1600-h/livro02.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 239px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoiHXY6HJdUAdWJHsGbDLQ7HzXhxO378Pg90e08mFCj2w20tuyd3tvO9R3kEc4UXL73iUoB7FZ48ONSmj9NwPaH2DCvqQIbjnz83IbNlkZaUQDzJ3hnDhgy6uky-xpa-Tt88jfh2VrH4Z/s320/livro02.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396629554229966594" /></a><br />Dois tipos de magia são discriminados pelos estudiosos de todas as épocas: a Alta Magia e a Baixa Magia. Jamais devem ser confundidas com magia negra ou magia branca, que se tratam de tipos de magia arbitrariamente designados como tal pela idiossincrasia da moral de quem as trata assim. <br />A Baixa Magia seria a magia de cunho terrestre, geralmente pagã (na acepção etimológica original da palavra: do campo e não como foi posteriormente adotada significando não-cristão) é baseada no desregramento dos sentidos. É baseada na carne, na terra, no suor, no sangue. É o tipo de ritual praticado pelas tribos ditas primitivas e pelos cultos afro-americanos em geral. A Alta Magia seria a magia do controle, a magia do domínio da realidade pelo homem. É um tipo de magia intelectualizada e fria, baseada no puro espírito, ou melhor, na separação platônica da carne e do espírito. O Mago escraviza entidades, ordena coisas, e para tal tem que ser controlado tanto por dentro quanto por fora. O Mago Cerimonial (de Alta Magia) é um sujeito que pratica a abstinência dos prazeres corporais, pois só pode dominar o macrocosmo se seu microcosmo estiver dominado. A missa é um exemplo de ritual de Alta Magia, no sentido de que o padre prega, faz sermão, amedronta, os outros participantes do ritual. Eles comem a carne e bebem o sangue de cristo (resquício pagão) e recebem o Espírito Santo. Tudo muito frio e ordenado, baseado no dogma de um livro (A missa já foi ainda mais cerimonial e cheia de etiqueta, mas um concílio resolveu popularizar o ritual, trocando o latim e o padre de costas pela conversa franca e ameaçadora de um padre regendo pessoas). Na verdade a maioria dos magos cerimoniais era composta por padres ou abades. Eliphas Levi é o maior exemplo. <br />Existe um sistema, um dogma, comum entre ocultistas modernos, que prega a sucessão éonica. Éons seriam períodos de tempo regidos por uma divindade ou característica dominante. Assim, períodos de tempo grandes, mais ou menos 2000 anos, recebem um rótulo, uma divindade, um signo zodiacal, uma característica política, social e uma característica religiosa dominante. Acredita-se que o presente éon começou neste século ou está por começar, e as características desse Novo éon ainda são enevoadas. O primeiro éon (da época histórica) seria o da Deusa, como geralmente a iconografia é egípcia (a idéia de Aeons seria originalmente egípcia), Ísis ou Nut fica como regente desse período. Geralmente se atribui uma organização social matriarcal a este período, mas esta idéia é historicamente incorreta. A organização era tribal ou em clãs, em geral patriarcais mesmo (Algumas sociedades já tinham até um estado semelhante ao moderno, mas baseado em dinastias, como o Egito. Na verdade o Egito e o Oriente Médio nos deram a religião e a organização social do próximo éon, o de Osíris, e mesmo hoje existem tribos que vivem no éon de Ísis, os compartimentos não são estanques). Os homens que viviam em meio à natureza abundante ainda não tinham desenvolvido agricultura, simplesmente colhiam as dádivas da Deusa, Politeísmo, amor filial, culto da terra, etc, como valores essenciais. Não se conhece muito a respeito das culturas verdadeiramente do éon de Ísis simplesmente porque elas não dominavam a escrita. O segundo éon se atribuiu ao deus Osíris. E é basicamente o que conhecemos por cristianismo, feudalismo, patriarcado, exploração indômita da terra, organização rígida, medo como método de coerção social, progresso científico, absolutismo, etc. <br />Neste século ocorreu uma mudança mais brusca do que nos outros éons. O mundo está mais unificado e age mais em conjunto, apesar das diferenças. Todo o progresso científico gerou uma revolução a nível psicológico-antropológico muito maior do que nós, que só conhecemos isto, podemos notar. <br />O individualismo não permite mais religiões de massa. A religião do futuro ou é a ausência de religião ou uma religião individualizada. As pessoas não precisam mais ser aceitas em seu grupo social para sobreviverem, como antigamente. As pessoas não dependem mais dos filhos para comerem, portanto não precisam de muitos filhos. Controlamos nossa fertilidade. Isso é um marco pouco percebido. A TV foi a última e grandiosa manifestação do éon passado, com sua pregação para as massas. Em pouco tempo, via Internet, ninguém vai assistir a mesma novela que o vizinho, a diversificação vai ser tamanha que vai ser impossível passar uma mensagem coerente no sentido de um conspiratório e paranóico domínio das massas. <br />Enquanto a Baixa Magia ressurge em alguns movimentos, como num canto do cisne, a Alta Magia morre. Ninguém mais agüenta uma ladainha fora da realidade como a que acontece nas Igrejas, ninguém agüenta aprender hebraico e grego para chamar espíritos, estudar cabala, e ficar fazendo pose de sério dentro de um círculo. As pessoas estão cínicas e irreverentes demais para isto. Sentiriam-se ridículas fazendo isso. <br />O futuro da magia está na física quântica e na realidade virtual. A catarse das raves prova que o homem não deixou o corpo para trás, como se esperava no éon passado. Informação é o poder do Mago moderno, que não trabalha nem com a pena tampouco com a espada, trabalha com o teclado, à velocidade da luz. O mago não trabalha na inocência ou na ordem, trabalha no Caos. E que fique entendido que isso não é evolução, progresso, melhoria. É transformação, como da pupa para borboleta ou de ser vivo para cadáver putrefato.<br /> <br /> ALTA MAGIA<br /><br /> <br />A Magia é a ciência dos segredos da Natureza. Para que ela funcione apropriadamente, um Bruxo deve trabalhar sempre em perfeita harmonia com as Leis da Natureza e da psique. Magia é a ciência e a Arte. Ao contrário do que as pessoas pensam, Magia não é fazer Rituais que interfiram na vida das pessoas, mas sim trabalhar com as energias da Natureza, do Universo e do próprio homem. Com o equilíbrio dessas energias vivemos em harmonia com a vida. A Magia é mais antiga que o Cristianismo, sendo a principal filosofia de diversas civilizações antigas.<br />Na Magia existem vários tipos de Sistemas e Níveis diferentes. Sendo assim, o estudo da magia exige uma grande dedicação para ter-se um bom conhecimento. A Alta Magia é muito confundida com a Teurgia, mas a Alta Magia trata da Magia Utilizável e a Teurgia trata da Magia Existente. A religião, em suas manifestações exteriores, não seria outra coisa além da Alta Magia Cerimonial. Por isso muitas pessoas comparam a religião e a Alta Magia. Dentre as mais difundidas, a Alta Magia repousa sobre o princípio de que, na natureza, há forças ocultas que são denominadas fluidos. Esses fluidos são de três naturezas: <br />• Magnética e puramente terrestre; <br />• Vital e principalmente humana; <br />• Essencial e geralmente cósmica.<br /> <br />As energias consideradas pela Alta Magia podem ser utilizadas sob quatro formas: <br /> <br />A - Microcosmo: <br />1º - O homem atuando sobre si mesmo. <br />2º - O homem atuando sobre o seu mundo exterior. <br />(Se referem aos fluidos de que o homem pode dispor)<br /> <br />B - Macrocosmo: <br />3º - Os fluidos atuando no astro (a Terra). <br />4º - Os fluidos atuando fora do astro (no sistema solar). <br />(Se referem aos fluidos espalhados na natureza)<br /> <br /> <br />Cada uma das quatro formas podem funcionar de duas maneiras: <br />• Magia Pessoal: Quando o fenômeno se opera sem o auxílio de qualquer rito exterior. <br />• Magia Cerimonial: É o contrário da Magia Pessoal.<br /> <br /> <br />Classificações da Magia<br /> <br />- A Teurgia, ou Magia Iniciática - é muito secreta e desconhecida por exigir do operador aptidões excepcionais;<br />- A Alta Magia, ou Magia Usual - exige um desenvolvimento intelectual juntamente com o desenvolvimento psíquico cuja utilidade se impõe; <br />- A Feitiçaria, que a maioria dos buscadores toma pela Magia única ou original - emprega meios tradicionalmente transmitidos.<br />Ao contrário do que se poderia imaginar, as operações que não exigem dons excepcionais são aquelas classificadas entre as mais elevadas em Alta Magia. As operações que exigem do operador aqueles dons excepcionais encaixam-se mais particularmente no quadro da Magia Comum, do qual faz parte a Magia Pessoal. <br />A operação mágica consiste no emprego de uma forma de energia cósmica, com a finalidade de obter-se um resultado, sobre um ponto preciso. Assim, ela implica um operador. Tal operador pode não ser uma pessoa física, mas uma pessoa moral e pode ser também uma personificação. Daí originou-se a Primeira Regra: "Nenhuma operação mágica pode ser efetuada sem a intervenção de uma Inteligência". Esta inteligência aplica-se tanto a um ser humano ou uma coletividade humana, como a uma personificação de energias ou a uma coletividade fluídica.<br /> <br /> <br />O Mago e algumas considerações<br /> <br />Atualmente o termo mago é usado para aqueles que passaram pelas operações mágico-ritualísticas, de forma prática, então cognominados magistas. O mago já não precisa de ponto de referência, ele usa sua vontade para agir e dirigir no mundo da Lua Astral. O magista, ainda em processo iniciático de desenvolvimento, requer a ajuda e o treinamento de rituais mágicos com pontos de referências. <br />Use a Magia de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A Magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca utilize qualquer forma de Magia para manipular a vontade e/ou as emoções de outra pessoa. <br />Como o carma retorna por três vezes para todas as pessoas pelos seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou Mago utilizar a Magia Negra para causar danos a alguém. Quando estiver lançando um encantamento, concentre-se sempre profundamente e coloque claramente em sua mente aquilo que você precisa ou deseja.<br /><br /> MAGIA SEXUAL<br /><br />"A Bruxaria não deve desculpas por envolver magia sexual.<br />São as outras religiões que devem desculpas pela miséria da<br />repressão puritana que impingiram à humanidade".<br />(Doreen Valiente - Witchcraft for Tomorrow) <br /> <br />A Magia Sexual, conhecida no Oriente como Tantra, é a prática ritualística desenvolvida através das energias canalizadas do corpo físico, da mente e do espírito humano. O ato de criar outras vidas através de relações sexuais e instituir uma força, ou um vínculo energético entre as pessoas envolvidas, é visto como místico e sagrado. <br />Como outras modalidades de Magia, a Magia Sexual também é um recurso usado como fonte do poder que fortalece as cerimônias ritualísticas e para obter o auto-conhecimento através da exploração do próprio corpo, psique e alma. A Magia Sexual é uma das faces mais importantes da Magia moderna. <br />Utilizada tanto nas escolas ocidentais como nas orientais, sua origem nos remete às práticas das crenças pré-cristãs, sendo que os primeiros registros datam de 3000 a.C.. A Antiga Religião da Europa baseava-se em ritos de fertilidade para assegurar a proliferação de animais, plantas e humanos. O conceito pagão da atividade sexual era saudável e natural. Era a mais poderosa energia que os humanos podiam experimentar através dos próprios sentidos, com a manifestação afetiva de um indivíduo ou simplesmente a ação de compartilhar prazer e desejo carnal com outra pessoa. Assim, mulheres consagradas serviam aos deuses em templos, o homossexualismo e o heterossexualismo eram apenas definições das preferências sexuais, etc. <br />Existem dois canais de energia no corpo humano que estão associados ao sistema nervoso central e à medula espinhal, conhecidos no Ocidente como Lunar e Solar ou Feminina e Masculina (receptiva/negativa e ativa/positiva). Geralmente, entre os não-praticantes da Magia Sexual, apenas uma das correntes de energia está aberta e fluindo. Entre as mulheres, apenas a corrente lunar flui desimpedida. Entre os homens, apenas o canal solar está realmente livre. No caso dos homossexuais, essa situação está invertida. Em todas as situações, este fato causa um desequilíbrio e influencia negativamente várias esferas da vida humana. <br />Portanto, segundo este raciocínio, o estado sexual natural é a bissexualidade, em que ambas as correntes fluem juntas em harmonia. A alma que habita o corpo físico não é masculina nem feminina. Desse modo, o sexo é meramente uma circunstância física. O fluxo harmonioso das correntes no corpo é simbolizado pelo antigo símbolo do Caduceu. <br />Um dos maiores divulgadores da Magia Sexual contemporânea ocidental é Aleister Crowley, através da doutrina do Thelema. Posteriormente, diversas escolas iniciáticas a adotaram e adaptaram de acordo com a própria filosofia. Porém, os princípios básicos permanecem inalterados. Na Índia, ainda é uma das práticas mais utilizadas no hinduísmo. <br />Apesar de (teoricamente) compor vários sistemas mágicos, atualmente, a maioria das tradições não incorpora a Magia Sexual em suas atividades. Isto se deve a opção pessoal dos praticantes (inibição e preocupações com as doenças sexualmente transmissíveis) e a pressão social de uma cultura judaico-cristã, onde o sexo é visto como algo pecaminoso e polêmico. Deste modo, nos ritos sexuais modernos, são usadas representações simbólicas dos antigos elementos da fertilidade, sejam objetos que representem os genitais ou apenas uma dança ou encenação erótica.<br /> <br /> <br />Sagrado Feminino<br /> <br />Nas antigas crenças pagãs, os pólos femininos da criação eram reverenciados como sagrados e a mulher era vista como o principal canal gerador de vida. A Deusa era a divindade principal, responsável pela criação de todas as formas viventes. Dessa forma, os ritos que envolviam Magia Sexual, utilizavam-se de mulheres e do sangue menstrual como elementos principais do Altar Cerimonial. <br />O altar sagrado é formado por uma mulher que se deita de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (de forma que os calcanhares toquem as nádegas). Um cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando-o ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o cálice. O Sumo Sacerdote pinga três gotas de vinho, uma no clitóris e uma em cada mamilo, traçando uma linha imaginária que forma um triângulo no corpo feminino, tendo o útero como centro. Segue-se um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada.<br /> <br /> <br />Fluidos Mágicos<br /> <br />Os fluidos produzidos no corpo humano de forma natural ou através da estimulação sexual, também são utilizados nas cerimônias herdadas dos povos antigos que envolvem a Magia Sexual, e são empregados para um determinado objetivo. <br />O vinho ritual continha três gotas do sangue menstrual da Suma Sacerdotisa do clã, que unia magicamente os celebrantes nesta vida e nas próximas encarnações. Os caçadores e guerreiros eram ungidos com pinturas ritualísticas que continham sangue menstrual. Acreditava-se que ao unir o sangue de duas pessoas, criava-se um vínculo entre ambas. Ungir os mortos com o sangue era uma forma de assegurar o retorno à vida. O sêmen era considerado energia canalizada que vitaliza o praticante que o recebe. Ainda, o estímulo dos mamilos faz com que a glândula pituitária secrete um hormônio que ativa as contrações uterinas. Isso ativa o fluxo de certos fluidos através do canal vaginal.<br /> <br /> <br />Criança Mágica<br /> <br />A criança mágica é um termo utilizado na Magia Sexual ocidental para designar uma imagem no momento do orgasmo. Neste caso, a energia sexual não é liberada como no ato sexual tradicional, mas inibida por períodos prolongados e canalizada através da mente para que se manifeste numa forma de pensamento mágico, formando uma imagem astral durante o orgasmo. <br />Para esta atividade, é necessário que o praticante tenha desenvolvido a arte da concentra-ção/visualização e um controle firme sobre a própria força de vontade pessoal, de forma que no momento do orgasmo, não haja nada mais na mente que a imagem que deseja ver criada. Se estiver incompleta ou difusa, é possível que interferências negativas se manifestem e passem a consumir a energia sexual do praticante. Este conceito é uma das bases na crença dos Sucubus.<br /> <br /> <br />Pancha Makara<br /> <br />A corrente oriental da Magia Sexual, chamada Tantra, é dividida em cinco categorias de aplicações distintas conhecidas como Cinco M ou Pancha Makara, que em sua maioria, são canalizados no campo físico (Caminho da Mão Esquerda) e outro simbólico (Caminho da Mão Direita). O Pancha Makara recebe interpretações diferenciadas nas cerimônias praticadas nas correntes do Ocidente, ou em algumas situações, são adaptadas ou omitidas.<br /> <br />Madya Sadhana <br />A palavra Madya significa Licor e este princípio está relacionado à aplicação do Caminho da Mão Direita com uso adequado de estimulantes que ativam o sétimo chakra, Sahastrara, considerado o último nível de evolução da consciência humana e responsável pela integração dos outros chakras.<br /> <br />Mamsa Sadhana <br />O termo Mamsa pode ser traduzido como carne e significar que este princípio está associado ao uso ritualístico de carne. Também pode ser compreendido como fala (do verbo falar) e ser interpretado como uma invocação ou um mantra. Em quaisquer dos casos, está associado ao Caminho da Mão Esquerda (Físico).<br /> <br />Matsya Sadhana <br />Matsya significa peixe. Este princípio é usado tanto no aspecto físico como no simbólico. É visto como um fluxo psíquico que corre através dos canais da espinha dorsal, ou minoritariamente, como o consumo ritual de peixe num banquete ou Eucaristia.<br /> <br />Mudra Sadhana <br />Este é o mais conhecido fora dos círculos tântricos e é utilizado de maneira similar nos Caminhos Esquerdo/Direito. Representa o uso de posições específicas do corpo (especialmente da mão) para simbolizar ou encarnar certas forças, além de efetuar mudanças na consciência.<br /> <br />Maithuna Sadhana <br />A palavra Maithuna refere-se a união sexual. Este princípio, que atua tanto no aspecto físico como simbólico, está relacionado primitivamente com a atividade sexual. Porém, pode ser interpretado também como a atividade simbólica.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-7369643743509559572009-10-25T12:45:00.000-07:002009-10-25T12:52:42.093-07:00ELEMENTAIS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbmXrx93wYCMqeuiEO7wGnN4zEjfWA9nrp_pP78qcj4sH6Deebx93NEErKkKuJHOPw6aeMMiZbCY3ROjl_w9bTQqllKWtv47uXmByfEfm-DkarTuR9muTCmNiqOAxqlLb3429ZHQ7EOyZy/s1600-h/figura109.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 222px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbmXrx93wYCMqeuiEO7wGnN4zEjfWA9nrp_pP78qcj4sH6Deebx93NEErKkKuJHOPw6aeMMiZbCY3ROjl_w9bTQqllKWtv47uXmByfEfm-DkarTuR9muTCmNiqOAxqlLb3429ZHQ7EOyZy/s320/figura109.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396626522368543906" /></a><br />Também conhecidos por Espíritos da Natureza, os Elementais podem ser compreendidos, sob uma definição laica, como seres (criaturas físicas ou espirituais) que habitam os quatro reinos da natureza (água, fogo, terra e ar) e podem exercer influência sobre os seres vivos.<br />O fundamento que conceitua e aborda a existência de seres da natureza teria origem no Bramanismo, antiga filosofia religiosa da Índia, antecessora do hinduísmo. Do mesmo modo, desde as primeiras civilizações surgidas, há referências sobre seres oriundos e habitantes da própria natureza. Na Grécia, Roma, Egito, China e Índia, acreditava-se na existência de seres que habitavam as águas, o ar, o fogo e a terra. Os gregos antigos referiam-se a estes seres como daemon (demônios). Entre os romanos, eram chamados de Genius Loci (Gênio Local) e eram alvos de adoração pela qual erigiam-se templos. Mesmo no folclore brasileiro, alguns personagens (como a Caipora e Mãe-d’água) possuem características comuns aos elementais.<br />A palavra elemental pode significar mente de Deus. Sendo assim, a origem destes seres poderia também estar diretamente associada a Deus. Neste caso, seriam "emanações" diretas da entidade criadora, que foram lançadas na Terra e encontram-se em processo constante de aprimoramento espiritual e moral. Ainda, antigas tradições afirmavam que todos os elementos da natureza possuem um "princípio inteligente". Deste modo, os elementais seriam diferentes.<br />Há alguns pontos curiosos sobre as lendas que circundam os elementais. Um ponto interessante é que mesmo pertencendo a reinos distintos, de modo que um não tenha possibilidade de penetrar nos outros reinos, os elementais poderiam travar verdadeiras batalhas entre si em "campo neutro"; ou seja, o mundo físico em que vive o ser humano. Os antigos acreditavam que, por exemplo, quando um raio atingia uma montanha, era um sinal de que elementais do ar atacavam elementais da terra. Ainda, uma mulher que gere uma criança sem que tenha ocorrido a copulação, terá este fato atribuído à ação dos elementais.<br />Através de um ponto de vista moderno, a crença na existência dos elementais pode não encontrar espaço e relevância. Embora, em diversas citações de notáveis da história da humanidade, há várias referências, como os filósofos Sócrates e Platão, o escultor renascentista Benvenuto Cellini, Santo Antônio, Napoleão Bonaparte e Sheakespeare.<br /><br />O Alquimista e os Gnomos<br /> <br />Paracelso, em toda sua extensa obra, fez várias citações diretas a respeito dos elementais. O alquimista teria tomado conhecimento e interessado-se pelo tema em suas viagens ao oriente. Segundo ele, os quatro elementos originais do universo eram constituídos de dois princípios distintos: um metafísico (sutil e vaporoso) e outro físico (substância corporal). Os elementais seriam seres compostos do primeiro princípio, uma substância conhecida por éter. De outro modo, os corpos dos elementais são constituídos de uma matéria trans-substancial; que, em momento algum, se assemelha ao corpo físico dos homens. <br />Ainda, segundo Paracelso, "os Elementais não são espíritos porque têm carne, sangue e ossos; vivem e se reproduzem; eles falam, agem, dormem, acordam e, conseqüentemente não podem ser chamados, propriamente, espíritos. Estes seres ocupam um lugar entre Homens e Espíritos, são semelhantes a ambos; lembram homens e mulheres em sua organização e forma, e lembram espíritos na rapidez de sua locomoção"; ainda "Os Elementais possuem habitações, roupagens, costumes, linguagem e governo próprios, no mesmo sentido que as abelhas têm suas rainhas e os bandos e/ou comunidades animais têm seus líderes" (Philosophia Occulta – Tradução de Franz Hartman).<br />O alquimista medieval ainda afirma que os elementais não são imortais. Sua longevidade estaria entre 300 e 1000 anos. Ao morrerem, se desintegram e retornam a substância da qual se originou. Os elementais pertencentes ao plano terrestre têm uma probabilidade menor de vida; enquanto os elementais do ar tendem a viver por um período maior. Os seres humanos, por não disporem de total desenvolvimento de suas capacidades psíquicas e espirituais, não seriam capazes de ver ou se relacionar diretamente com os elementais. <br /> <br />Os reinos dos elementais<br /> <br />Segundo Paracelso, os elementais dividem-se em quatro "categorias" distintas, sendo que cada uma está associada a um reino da natureza. Em outras interpretações, os elementais também estão associados a um ponto cardeal e a um dos quatro principais signos do zodíaco; sendo os gnomos ao norte e ao signo de Touro, ondinas ao oeste e ao signo de Escorpião, salamandras ao sul e ao signo de Leão e silfos ao leste e ao signo de Aquário.<br />Na citação direta de Paracelso: "habitam os quatros elementos: Ninfas, na água; Silfos, no ar; Pygmies, da terra e Salamandras, no fogo. São também chamados Ondinas, Silvestres, Gnomos e Vulcanos. Cada espécie somente pode habitar e locomover-se no Elemento ao qual pertence e nenhum pode subsistir fora do Elemento apropriado. O Elemento está, para o Elemental, como a atmosfera está para o Homem; como a água para os peixes e nenhum deles sobrevive em elemento pertencente à outra classe. Para o Ser Elemental o Elemento no qual ele vive é transparente, invisível e respirável, como a atmosfera para nós mesmos" (Philosophia Occulta – Tradução de Franz Hartman).<br /> <br />Gnomos<br />Os gnomos são os elementais correspondentes ao reino da terra e subdividem-se em duas classes: os Pygmies e uma segunda classe denominada Espíritos das Árvores e das Florestas que abrange os silvestres, os sátiros, os pans, as dríades, hamadríades, durdalis, elfos e os duendes.<br />Os Pygmies atuam com pedras preciosas e metais que inclui o corte dos cristais de rocha e o desenvolvimento dos veios minerais. São guardiões de tesouros ocultos e habitam cavernas e subterrâneos que as antigas tradições escandinavas denominavam Land of the Nibelungen (Terra dos Nibelungos). Os Espíritos das Árvores e das Florestas estão associados a elementos da natureza terrena de um modo geral, como as Hamadríades que nascem e morrem com as plantas ou árvores das quais fazem parte.<br />De um modo mais abrangente, os elementais pertencentes ao reino da terra e à vida vegetal, atuam na própria criação e proteção dos indivíduos, rejeitando nutrientes, preservando as sementes, entre outras atividades.<br />Há uma organização social formada por famílias de gnomos e uma hierarquia encabeçada por um rei. Sobre seu comportamento, alguns autores afirmam que são seres hábeis, inteligentes e amigáveis ao ser humano. Outras fontes asseguram que podem ser extremamente maldosos. Entretanto, em qualquer situação, após conquistar sua confiança, o gnomo torna-se solícito e cooperativo. Seriam, ainda, excelentes companheiros para auxiliar no sucesso de tarefas mágicas, desde que estas fossem realizadas com propósitos benéficos. Caso contrário, ao perceber más intenções e sentir-se traído, o elemental volta-se contra o mago.<br /> <br />Ondinas<br />As ondinas são os elementais pertencentes ao reino da água. Por uma associação natural do simbolismo da água ao pólo feminino da criação, os seres deste reino são comumente representados como mulheres. Há diversas classes de ondinas, como oreades, nereidas, náiades e as mais populares sereias. Estando cada classe relacionada a uma situação determinada, como rios, lagos, cachoeiras e oceanos. <br />As ondinas são capazes de interagir livremente com criaturas aquáticas. Em seu aspecto "físico", uma ondina possui o dorso de uma mulher e os membros inferiores substituídos por uma cauda de peixe. Embora, eventualmente, possam trans- figurar-se provisoriamente em humano e conviver normalmente entre os homens. Relatos sobre ondinas (geralmente classificadas como sereias) que emitem um canto hipnótico e atraem marinheiros às profundezas das águas são comuns em diversas culturas. Em seu comportamento, são consideradas seres emotivos e amigáveis com o homem, a ponto de servir aos humanos.<br /> <br />Salamandras<br />As salamandras estão relacionadas ao fogo. De acordo com as crenças dos místicos medievais, não há fogo ou calor sem que as salamandras atuem. Entre os elementais, são consideradas as mais poderosas e menos amistosas ao homem. Do mesmo modo que os outros elementais, as salamandras estão subdivididas em classes. A mais conhecida destas classes e denominada Acthnici. <br />Sobre estes seres, Paracelso diz que "salamandras têm sido vistas de diversas formas desde bolas de fogo até línguas de fogo, correndo sobre os campos ou espreitando nas casas". Outras crenças atribuíam aparições de salamandras em uma forma esférica flutuando pela noite acima das águas; também como forquilhas de chamas sobre os rebanhos de ovelhas (esta segunda situação é conhecida como o Fogo de Santelmo).<br />Seu aspecto assemelha-se à lagartos. Ainda, para que um humano possa conectar-se com estes seres, eram fabricados incensos que, através da fumaça produzida, estes elementais poderiam se manifestar.<br /> <br />Silfos<br />Os silfos pertencem ao quarto reino da natureza, o ar. Porém, o ar (como elemento) referido não é a atmosfera propriamente dita, e sim uma substância muito mais sutil e intangível ao homem. Entre os silfos, enquadram-se as conhecidíssimas Fadas.<br />Era comum a crença de que estes seres habitavam o cume das mais altas montanhas da Terra ou as nuvens. Segundo as antigas crenças, os silfos têm por função modelar os cristais de gelo para que transformem-se em flocos de neve. Sua longevidade atingia em torno de 1000 anos e teriam a capacidade de transmutar temporariamente sua aparência de modo a se assemelharem aos humanos. Seu comportamento é alegre, volúvel e excêntrico. <br /> <br />Elementais & Culturas<br /> <br />Sob o ponto de vista dos primeiros anos do cristianismo, todas as classes de elementais foram reunidas e consideradas como daemon (demônios). Por conseqüência, a estes seres foi atribuída uma imagem negativa que, em alguns casos, permanece atualmente. Elementais também foram confundidos com Súcubos e Incubos.<br />Há um registro interessante, atribuído a São Jerônimo, de um sátiro (elemental pertencente ao reino da terra) que havia sido capturado durante o reinado do imperador romano Constantino. Esta criatura seria fisicamente semelhante a um humano; entretanto, possuía chifres e pés de caprinos. O sátiro, após a morte, teria tido seu corpo preservado em sal e sido entregue ao imperador.<br />As tradições pagãs européias promoviam rituais para conectar-se com os elementais de modo que estes pudessem intervir na prosperidade das colheitas. Sob a análise da angelologia, os elementais seriam formas inferiores de anjos. Do mesmo modo que os anjos atuam conduzindo a energia criadora sobre os homens, os elementais seriam responsáveis pela condução desta energia e direcioná-la aos reinos minerais, vegetais, etc.<br />No início do século XX, precisamente em 1917, duas crianças inglesas, Frances Griffiths e Elsie Wright, apresentaram fotografias nas quais, supostamente, brincavam com fadas em um bosque na região em que moravam. A farsa foi dissolvida apenas no início da década de 80, quando as mesmas garotas, já idosas, confessaram: as fadas haviam sido feitas de papel e presas por alfinetes.<br />Atualmente, os elementais estão fortemente associados a doutrinas esotéricas bastante diversificadas entre si, e a imagem de gnomos e fadas tornou-se quase um arquétipo no ocidente. É possível, aos mais céticos, negar a existência destas criaturas; entretanto, não é possível ignorar a significância e profundidade da influência que os elementais exercem em diversos aspectos culturais das sociedades ao longo dos tempos.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9UNDTSjjl400la3-B2mpm1WbgbzMACXtaHH5ifLe5n6JfpxoCDIzqRtIklpDG0Yvv1EXwulV1Zr_Acr_ZvqELYxkqxiItviDj0KR1S2kDgcmwVLGu9j4gOR6MDGrFv2VZLDmOz88I6P_J/s1600-h/elementais.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9UNDTSjjl400la3-B2mpm1WbgbzMACXtaHH5ifLe5n6JfpxoCDIzqRtIklpDG0Yvv1EXwulV1Zr_Acr_ZvqELYxkqxiItviDj0KR1S2kDgcmwVLGu9j4gOR6MDGrFv2VZLDmOz88I6P_J/s320/elementais.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396627598561655282" /></a>edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-65930791768760944332009-10-25T12:31:00.000-07:002009-10-25T12:37:11.594-07:00illuminati<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhYcMumEuQtdYb_sVAt4tljsBB2EyvRkDJrcSwV0W3JazOxqZYOQRa2JujIgWU2RjjpOs67ExN1Rtcu-_gw_5hWskEpxfUgmblw3JxwNnxtuP9GfD2kU-MxfG_GqegkhyrOCnZiI64bi6o/s1600-h/illuminati.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 301px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhYcMumEuQtdYb_sVAt4tljsBB2EyvRkDJrcSwV0W3JazOxqZYOQRa2JujIgWU2RjjpOs67ExN1Rtcu-_gw_5hWskEpxfUgmblw3JxwNnxtuP9GfD2kU-MxfG_GqegkhyrOCnZiI64bi6o/s320/illuminati.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396623396490430930" /></a><br /> <br />A palavra illuminati tem sua origem no latim e significa literalmente iluminado. No entanto, iluminado é uma expressão muito comum no vocabulário ocultista, principalmente quando se trata de grupos secretos e doutrinas específicas, fazendo referência a uma elevação espiritual da qual seus membros supostamente são dotados.<br />Dessa forma, ao longo da história, encontram-se vários registros sobre os "iluminados" em culturas bastante distintas. Na Europa medieval, precisamente entre os séculos XV, XVI e XVII, havia "iluminados" na Espanha, Itália e França, sob a alcunha de alumbrados, illuminés e martinistas, por exemplo. Ainda, personagens como Inácio de Loyola estariam envolvidos de alguma forma, ou pelo menos nutriam uma certa proximidade, com um destes grupos. Sob uma abordagem mais ampla, maçons, rosacruzes e templários podem ser incluídos no mesmo ponto de vista.<br />Naturalmente, devido à poderosa influência da Igreja Católica neste período, algumas destas sociedades secretas foram investigadas e desmembradas pelo implacável sistema inquisitório; anulando, dessa forma, importantes registros históricos sobre suas atividades.<br /> <br /><strong>As origens da Ordem</strong><br /> <br />Há pelo menos duas possíveis origens da ordem que atualmente é conhecida por Illuminati. Robert Wilson, autor de O Livro dos Illuminati, afirma que a ordem fora concebida em 1090 por Hassan Isabbah com o nome de Ismaelita (posteriormente conhecidos como Haxixinos devido ao consumo de haxixe) e um propósito ocultista de atingir a imortalidade através de práticas de magia. Esse grupo de Isabbah teria sido aniquilado pelos mongóis de Gengis-Khan sendo que alguns poucos sobreviventes migraram para o ocidente e deram continuidade aos preceitos da extinta ordem.<br />Outra hipótese refere-se à ordem conhecida por Illuminati da Baviera. Fundado no primeiro dia de maio do ano de 1776 por Adam Weishaupt e Adolph Von Knigge, na região da Baviera, Alemanha, o grupo reuniu pensadores e intelectuais e, dentre seus membros, encontravam-se personalidades influentes da arte e da política. <br />Inicialmente, auto-intitulados de Ancient and Illuminated Seers of Bavária – AISB (Antigos e Iluminados Profetas da Baviera) e posteriormente conhecidos apenas por Illuminati ou Illuminati Bávaros, o grupo aparentemente não tinha propósitos ocultistas, mas essencialmente iluministas (apesar de serem considerados gnósticos).<br />No entanto, pode-se dizer que constituía-se como uma "sociedade secreta" pois sua organização, estrutura e quadro de membros não era totalmente revelada. Havia uma espécie de recrutamento ou convite velado à maçons e ex-maçons a fim de compor a ordem, e uma hierarquia distinta em escalas na qual cada membro comprometia-se em obediência ao superior.<br />A ordem propagou-se em vários países europeus e estima-se ter atingido um número próximo a 2000 membros. Entretanto, devido ao rigor do governo bávaro em relação à manifestações não religiosas, ainda mais às supostas sociedades secretas, a ordem perdeu força e diluiu-se em pouco tempo, sendo encerrada em 1788.<br />Em outra perspectiva, a Ordem dos Illuminati Bávaros seria apenas um resgate da ordem de Isabbah promovido por Weishaupt; sendo que o próprio Weishaupt seria um estudante de ocultismo.<br /> <br /><strong>Conspiração Secular</strong><br /> <br />De qualquer forma, uma grande parte da fama conspiratória adquirida pelos Illuminati ganhou seus primeiros contornos nos anos seguintes, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Neste período, seus opositores iniciaram uma "campanha" na qual tentava desvirtuar os propósitos primitivos atribuindo-lhe um caráter revolucionário e conspiratório.<br />De um modo geral, a tese dos opositores afirmava que havia um plano sendo articulado no sentido de infiltrar membros da ordem Illuminati nos mais elevados postos do poder político e econômico mundial. <br />O livro Memórias Ilustrativas da História do Jacobinismo, de Augustin Barruél, de 1797, abordava um sistema conspiratório entre Templários, Rosacruzes, Jacobinos e Illuminati, chegando a atribuir à ordem uma participação intelectual significativa na Revolução Francesa em 1789. No ano seguinte, o professor escocês John Robinson publicou Provas de uma conspiração contra todas as religiões e governos da Europa, no qual atribuía aos Illuminati a mecanização de um movimento com o objetivo de anular o poder das religiões e instituir um sistema de governo único sobre todas as nações. Posteriormente, esta obra recebeu o acréscimo de citações do livro de Barruél. Outras sociedades como Skull and Bones (fundada em 1832 nos Estados Unidos) seriam derivadas da Illuminati. <br />O estadista americano Thomas Jefferson (presidente dos EUA no início do século XIX) foi uma das poucas vozes que destoaram da campanha negativa em relação à Illuminati. Jefferson afirmava que a ordem pretendia introduzir valores morais na sociedade e relacionou seu caráter secreto a uma necessidade devido às imposições religiosas e governamentais da época.<br /> <br /><strong>Conspiração Contemporânea</strong><br /> <br />Atualmente, há a idéia de que a ordem não foi extinta no fim do século XVIII; apenas ocultou-se socialmente e ainda influencia as diretrizes que conduzem as maiores potências mundiais. <br />René Chandelle, autor de Os Illuminati e a Grande Conspiração Mundial, afirma que a ordem nunca se extinguiu e está promovendo o início da Terceira Guerra Mundial através dos conflitos religiosos entre os povos árabes. A mesma obra afirma que os Illuminati têm cinco objetivos principais: <br /><br /><strong>• erradicar todos os governos de modo que haja apenas uma autoridade mundial (a própria Ordem Illuminati);<br />• o fim das propriedades pessoais, para que todos os bens sejam de propriedade do estado Illuminati;<br />• eliminar o conceito de nações e patriotismo, para que todos os países sejam componentes de um único império presidido pela Ordem;<br />• fim do conceito cristão de famílias, sendo que o amor e o desejo de união sejam mais significativos do que as imposições religiosas; <br />• o fim das religiões, para que estas não influam no pensamento e comportamento humano, apenas os ideais Illuminati prevaleçam.</strong><br /> <br />Sob este ponto de vista, os Estados Unidos teriam se fundamentado política e economicamente sobre os supostos ideais nefastos da Illuminati. Uma possível referência seria a simbologia ocultista da pirâmide encabeçada pelo "olho que tudo vê" e a frase "Novus Ordo Seclorum" (Nova Ordem Secular) a um hipotético lema instituído pela ordem. <br />Ainda, as divisões da bandeira americana (listas horizontais) são equivalentes às divisões da pirâmide impressa. O próprio grande-selo, símbolo do estado americano, traria em si diversas referências enigmáticas aos Illuminati e à Maçonaria: a águia central, a quantidade de penas em suas asas, número de flechas e estrelas e a inscrição latina seriam indícios da influência de sociedades secretas (como a Ordem Illuminati) na fundação e na condução política e econômica de toda a história dos Estados Unidos.<br />Ainda, fatos históricos como o assassinato de John Kennedy e o acidente fatal de Lady Diana teriam sido manipulados e executados por membros da Illuminati. O RPG de Steve Jackson intitulado INWO (Illuminati – New World Order ou Illuminati – Nova Ordem Mundial), lançado em 1995, faz alusões a acontecimentos futuros na história da humanidade, incluindo duas cartas que representam claramente os atentados de 11 de Setembro de 2001. No entanto, isto não significa que o autor seja um membro da Ordem, mas, ao menos, tinha conhecimento de seus planos.<br />No Brasil, os Illuminati teriam seus tentáculos inseridos através do grupo intitulado Os Aquisitores. Este grupo teria sido responsável pela renúncia do Jânio Quadros, na instauração do Regime Militar em meados da década de 60 e em outros diversos acontecimentos políticos como mortes misteriosas de homens influentes até a recente eleição presidencial.<br /> <br /><strong>Iluminados na Cultura</strong> <br /><br />A Ordem Illuminati é freqüentemente retratada na cultura popular, incluindo cinema, música, literatura, jogos eletrônicos e de tabuleiro. Uma de suas mais recentes e célebres referências encontra-se no livro Anjos e Demônios do escritor americano Dan Brown. Nesta obra, o autor cita a Illuminati como uma ordem secreta que, em uma trama envolvendo poder político, religião e conspiração, busca uma vingança histórica contra a igreja Católica. Outra referência literária é O Pêndulo de Foucault de Humberto Eco, no qual o autor cita várias ordens secretas, incluindo a própria Illuminati.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-82466179186682731652009-10-25T12:22:00.000-07:002009-10-25T12:29:08.902-07:00Satanismo & Luciferianismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiIG9V_cMGwdTEI0BE3wtw2HTZJ3VV7DzWmDz5ToOt3sLv0tE8YCRahAHLmexO0Rj3KD0S56MnaIgMYxu40oJFmSiC1cC0X3YtP6b1kbHyuHkSLD16GusYMpS91mC4UaxDFQQ_IWkug7OD/s1600-h/DEVIL.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 246px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiIG9V_cMGwdTEI0BE3wtw2HTZJ3VV7DzWmDz5ToOt3sLv0tE8YCRahAHLmexO0Rj3KD0S56MnaIgMYxu40oJFmSiC1cC0X3YtP6b1kbHyuHkSLD16GusYMpS91mC4UaxDFQQ_IWkug7OD/s320/DEVIL.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396621122806078866" /></a><br /><br /> SATANISMO<br /><br />O termo Satanismo sugere várias interpretações. Desde a Idade Média, é usado para designar as crenças do período pré-Cristão ou as religiões não cristãs, como a Wicca. Há ainda conotações contemporâneas associando o satanismo a uma filosofia, adoração ao Diabo etc. <br />Fundamentalmente, o Satanismo é um estilo de vida de aplicação prática. Sua essência baseia-se na idéia de que cada ser humano, em sua individualidade, é uma divindade; capaz de alcançar altos níveis de evolução, desde que não esteja preso a nenhum dogma religioso que subtraia seus reais valores primitivos. Portanto, cada indivíduo tem a liberdade espiritual e filosófica de criar e desenvolver seus critérios, sendo ele seu próprio sacerdote, salvador e deus. Neste caso, o Satanismo não está associado à adoração ao Demônio ou oposição ao Cristianismo.<br /><br />Alguns tipos de Satanismo<br /> <br />Luciferanismo <br />O Luciferanismo pode ser considerado uma derivação da filosofia empregada no Satanismo. Seus seguidores não cultuam Lúcifer (Lúcifer é visto como um Anjo, e não como a personificação do mal no cristianismo), mas o vêem como uma referência para alcançar a Iluminação Espiritual. Sendo que a origem de seu nome significa Portador da Luz.<br /> <br />Satanismo Gótico <br />Neste caso, o termo Gótico é sinônimo de Medieval. Esta variação faz parte apenas das lendas criadas na Idade Média pela Igreja Católica para atemorizar os cristãos e servir de acusação nos processos inquisitórios. O caso das Bruxas de Salém em 1692, é um exemplo. Nesta variação lendária do Satanismo, seus adeptos sacrificavam crianças e animais em rituais de magia destrutiva.<br /> <br />Dabblers Satânicos<br />Está principalmente associada aos modismos adolescentes. Seus adeptos ensaiam rituais esporádicos de magia utilizando-se do sacrifício de pequenos animais. É essencialmente uma forma de anticristianismo, onde os Dabblers (aficionados) adoram o demônio conhecido no cristianismo e se camuflam sob uma condição que julgam satânica. Igualmente chamado de Devil Worshippers (Adoradores do Demônio), também está associado a delinqüentes que alegam cometer os crimes motivados por Satã.<br /> <br />Satanismo Religioso<br />É a forma mais difundida de Satanismo. Possui dogmas e a bíblia satânica. Também abriga aspectos místicos e cerimoniais, como batizado e casamento, que o caracterizam como uma religião. Porém, não há uma divindade cultuada nem conceitos sobre céu e inferno, bem e mal ou deus e diabo. A Church of Satan e o Temple of Set são exemplos do satanismo religioso.<br /> <br />Anton LaVey e a Igreja de Satã<br /> <br />Anton Szandor LaVey nasceu na cidade de Chicago, em 11 de abril de 1930. Esta é uma das poucas informações coerentes sobre sua vida. De resto, há um grande conflito em sua biografia. LaVey teria recebido ensinamentos ocultistas de sua avó cigana. Ainda teria viajado para a Alemanha ao lado de um tio, e trabalhado em circos, cabarés e até mesmo na Polícia de San Francisco. LaVey também teria vivido romances com as atrizes Marilyn Monroe e Jayne Mansfield.<br />Em 30 de abril de 1966, foi fundada a Igreja de Satã (Church of Satan) por Anton LaVey. Apesar de já haver grupos como o Hell Fire Club e o Abbey of Thelema, que cultivavam uma linha semelhante, a Igreja de Satã foi a primeira organização reconhecida como religião dedicada às filosofias satânicas, e considerada a precursora do satanismo moderno. É provável que o nome Church of Satan tenha sido adotado como uma forma de causar um impacto polêmico e chamar a atenção da imprensa. As "Missas Satânicas", que eram paródias das missas cristãs, possivelmente foram criadas com o mesmo objetivo. Portanto, seriam apenas recursos publicitários empregados por LaVey. <br />Assim, a Igreja de Satã recebeu uma atenção muito grande por parte da sociedade e da imprensa americana, logo atingindo uma notoriedade mundial. LaVey passou a ser considerado o Papa Negro e sua esposa Diane Hegarty, foi nomeada Suma Sacerdotisa. <br />Em 1º de fevereiro de 1967, ocorreu em San Francisco a cerimônia de casamento entre John Raymond, jornalista político, com Judith Case, filha de um conhecido advogado de Nova York. Apesar de não ser o primeiro casamento satânico realizado por Anton LaVey, a fama de John e Judith serem de famílias abastadas, despertou grande interesse e a cerimônia tornou-se um evento amplamente coberto pela imprensa. <br />Em maio do mesmo ano, LaVey conduziu o batismo de sua filha de três anos, Zeena. Foi o primeiro batismo satânico da história. Zeena vestia um manto vermelho e usava um medalhão com a imagem de Baphomet, enquanto seu pai recitava uma invocação que futuramente foi incluída no livro Satanic Rituals. <br />Em 1969, a Igreja já contava com 10 mil adeptos em todo o mundo. Anton LaVey publicou The Satanic Bible, que se tornaria a principal referência do Satanismo. Ainda seguiram-se The Compleat Witch em 1970 (posteriormente revisto e editado como The Satanic Witch) e em 1972, The Satanic Rituals. <br />A Igreja desenvolvia sua estrutura e hierarquia nas décadas de 70 e 80. Em 1984, Anton LaVey separa-se de Diane e sua filha Zeena ocupa a posição de Suma Sacerdotisa. Nesse período, as Missas Negras e outras cerimônias deixam de ser realizadas devido a intolerância de grupos cristãos. Anton LaVey passa a administrá-la apenas através do Boletim Oficial The Cloven Hoof. Em 1988, este informativo foi extinto e algumas publicações independentes tornaram-se a forma de interagir os adeptos em diversas partes do mundo. Ainda houve um grupo que se desligou da Igreja e formou o Temple of Set (relativo à divindade egípcia Set). Anton LaVey faleceu em outubro de 1997 devido a um edema pulmonar. Atualmente, a Igreja é presidida por Peter Gilmore.<br /> <br />Baphomet, Pentagrama e a Cruz Invertida<br /> <br />Em meio às diversas polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam totalmente esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano encontrada nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era conhecida desde os tempos pré-cristãos. Portanto, não possui nenhuma relação com o demônio conhecido no cristianismo. Para os satanistas, Baphomet é uma energia da natureza que os motiva a conseguir seus objetivos. Neste caso, a cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade, características muito valorizadas pelos povos pagãos. <br />O pentagrama é um símbolo encontrado originalmente nas culturas pré-cristãs com diversos significados. No caso do satanismo religioso, é utilizado com duas pontas voltadas para cima, simbolizando a face de Baphomet. <br />A origem da cruz invertida nos remete a São Pedro, que não se julgava digno de morrer como Jesus e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo. Este símbolo é encontrado na Basílica do Vaticano, no trono ocupado pelo Papa, etc. Porém, a Cruz invertida também foi adotada por grupos que se intitulam satanistas ou anticristãos. <br /> <br />O Luciferianismo é uma doutrina derivada do Satanismo, que busca virtudes como iluminação, sabedoria, orgulho, independência e liberdade de sua principal divindade, Lúcifer. Ao mesmo tempo é subjetivo, baseado em experiências e aceitação pessoais, sofrendo influências de outras crenças. Assim, não possui uma base rígida de dogmas a serem seguidos, sendo transmitido oralmente e praticado, geralmente, de forma individual. <br />Historicamente, não há uma origem precisa sobre o início do Luciferianismo. Mas há um conjunto de conceitos que se desenvolveu ao longo dos tempos em várias culturas distintas e resultou no Luciferianismo conhecido atualmente. <br />As serpentes e os dragões, que são representações de Lúcifer em várias culturas, são também símbolo de sabedoria e eternidade. Estes animais eram alvos de adoração no Egito, Babilônia, Pérsia, e entre os Incas americanos. Assim, podemos supor que esta filosofia já era praticada há muitos séculos. <br />Na Bíblia podemos encontrar várias alusões à serpente: "Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gênesis – Cap. III – Versículo V). Neste versículo, a serpente induz Eva a comer o fruto no Éden. Mas segundo a interpretação dos luciferianistas, encontra-se claramente a simbologia da serpente como portadora da chave que possibilita o homem tornar-se Deus. <br />Ainda, na Europa medieval, precisamente no ano de 1223, havia boatos sobre um grupo conhecido como Luciferianos. Na verdade, esta "seita" era composta apenas por pessoas que recusavam-se a pagar os impostos exigidos pelo Clero, e por esse motivo foram acusados de "adoradores do demônio" e, obviamente, vítimas da Santa Inquisição. Embora isso seja apenas um boato, ainda hoje é usado como um argumento metafórico pelos luciferianos.<br /> <br />Deístas e Agnósticos<br /> <br />Num aspecto geral, o Luciferianismo pode ser subdividido em duas categorias, nas quais as denominações variam e não são tão significativas para sua compreensão. As modalidades são conhecidas como Deísta e Agnóstico, Tradicional ou Moderno (termos absorvidos do Satanismo), etc.<br />Os adeptos do Luciferianismo Deísta identificam Lúcifer como o criador do universo, um ser onipresente e onipotente. Neste caso, Lúcifer assume as características principais de uma divindade.<br />Os luciferianos agnósticos vêem Lúcifer como um arquétipo, ou seja, uma referência de virtudes que são visadas por seus adeptos. Esta variação é nitidamente influenciada pelo Satanismo moderno promovido por Anton LaVey, no qual não há uma divindade específica, mas cada indivíduo eleva-se a ponto de considerar-se "seu próprio Deus". Este conceito também nos remete a ideologia do Thelema, tendo como seu principal divulgador o ocultista, Aleister Crowley. <br />Mas em todas as variações, Lúcifer é visto como um ser que abriga em si os opostos entre Luz e Trevas, e por conseqüência, o equilíbrio entre os pólos. Este conceito é totalmente contrário a muitas religiões que possuem figuras que representam os arquétipos de bem e mal de forma distintas. A aceitação de uma única referência que é paralelamente Luz e Trevas, segundo os adeptos, é a principal diferença do Luciferianismo em relação aos outros sistemas religiosos. Dessa forma, não há um confronto entre "Deus x Diabo"; ao contrário, há uma união dessas forças que são igualmente responsáveis e necessárias para a evolução humana.<br /> <br />Quem é Lúcifer?<br /> <br />Desde a Antiguidade, passando pelos filósofos e desembocando na figura conhecida erroneamente como o "demônio cristão", diversos personagens da mitologia e divindades cultuadas em inúmeras e distantes culturas, possuem alusões a seres, sejam arquétipos ou concretos, que trazem consigo as características conhecidas em Lúcifer. A literatura contemporânea também o aborda amplamente, como as citações ocultistas de Helena Blavatsky e Eliphas Levi, e na obra poética de John Milton, Paradise Lost. <br />Segundo o mito cristão, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Querubins e conquistou uma posição de destaque entre os demais. Porém, Lúcifer tornou-se orgulhoso de seu poder e revoltou-se contra Deus. O Arcanjo Miguel liderou as hostes divinas na luta contra Lúcifer e os anjos o derrotaram e o expulsaram do Reino do Céu. Mas a idéia de que Lúcifer rebelou-se contra o Criador e foi expulso também está presente em outras culturas, além do Cristianismo. <br />Por ser o "Portador da Luz", na Roma Antiga, Lúcifer foi associado ao planeta Vênus que, devido sua proximidade com o Sol, pode ser visto ao amanhecer. O anjo também é chamado de "Estrela da Manhã" e "Estrela d’Alva". Na Mitologia Romana era o filho de Astraeus e Aurora, ou de Cephalus e Aurora. Entre os gregos, Lúcifer pode ser associado com Apolo, o "Deus do Sol".<br />Nos estudos da Demonologia, diferentes autores atribuem a Lúcifer características comuns. No Dictionaire Infernale (1863) e no Grimorium Verum (1517), é o "Rei do Inferno" responsável por assegurar a justiça. No O Grimório do Papa Honório (século XVI ou XVII), Lúcifer também assume a função de "Imperador Infernal". Lúcifer também é cultuado numa variação da Wicca, sendo visto como o Deus do Sol e da Lua dos antigos romanos.<br /> <br />Luciferianismo & Satanismo<br /> <br />Apesar de popularmente Lúcifer e Satã serem quase sinônimos e esta idéia estender-se ao Satanismo e ao Luciferianismo, há diferenças primordiais entre eles e, por conseqüência, aos sistemas religiosos que os cercam. <br />Ao longo dos séculos, estes dois personagens também foram representados artisticamente de formas distintas. Por ser um anjo, Lúcifer, é comumente retratado como um homem com asas e, por vezes, empunhando um cajado. Enquanto Satã tem sua imagem associada ao homem com chifres e patas de cabra, muito semelhante ao deus Cornífero (ou Pã), divindade masculina e símbolo de fertilidade cultuada entre os pagãos. <br />Mas, talvez a maior e mais significativa diferença entre ambos os conceitos, encontra-se na origem das palavras. O termo Lúcifer origina-se no latim e significa "O portador da Luz" (Lux ou Lucis = Luz + Ferre = Carregar). A palavra Satã origina-se no hebraico, Shai'tan, e significa "Adversário"; podendo ser também uma variação do nome da divindade egípcia Set-hen. Dessa forma podemos deduzir que, genericamente, o Luciferianismo busca a Iluminação através de Lúcifer. Enquanto o Satanismo pode caracterizar-se pela oposição, neste caso, ao cristianismo. Assim, os luciferianos consideram que sua filosofia é um "aprimoramento" do Satanismo, apesar de não ser tão conhecido quanto a doutrina promovida por LaVey. <br />A combinação da imagem de Lúcifer ao "demônio cristão" foi ocasionada por uma interpretação equivocada do livro de Isaías: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Isaías – Cap. XIV – Versículo XII a XV). <br />Este trecho narra as intenções do rei da Babilônia que almejava tornar-se maior que Deus, mas São Jerônimo, que ao traduzir a Bíblia do grego para o latim no século IV, associou esta passagem com Lúcifer e à serpente tentadora, ou seja, a simbologia do diabo cristão. Anteriormente, Lúcifer não havia essa relação. Tanto que, oficialmente, a Igreja não atribui a Lúcifer o papel de diabo, mas apenas a condição de "anjo caído".<br /> <br />Magia, rituais e pactos luciferianos<br /> <br />O Luciferianismo adotou diversas práticas ritualísticas e cerimoniais de outros sistemas mágicos, caracterizando assim, uma corrente de idéias próprias com objetivos distintos nesta doutrina. As influências sobre o Luciferianismo variam de antigos rituais pagãos até os conceitos contemporâneos do Satanismo. <br />Podemos citar como exemplos as chamadas práticas Internas e as práticas Externas, que subdividem-se em Herméticas e Cerimoniais. A Magia(k) (termo derivado da filosofia thelêmica) Interna é mais comum entre os luciferianistas, pois atua diretamente no estado de consciência e no espírito do praticante. A Magia(k) Externa é mais complexa e elaborada, exigindo uma série de fatores como dia e horários pré-estabelecidos, um local adequado, vestimentas e instrumentos próprios para efetuar mudanças no plano físico. <br />Neste caso, pode ser praticada solitariamente (Hermética) ou em grupo (Cerimonial). Mas ambas são igualmente importantes entre os luciferianistas, e o sucesso de uma modalidade interfere na outra. <br />É falso o conceito das chamadas Missas Negras, as quais seriam paródias blasfêmicas das liturgias católicas, utilizando-se de urina e fezes para substituir a hóstia e o vinho, recitando orações ao contrário e promovendo orgias entre os praticantes. Também é irreal a idéia de sacrifício humano ou animal. Neste caso, há apenas um sacrifício simbólico. Há ainda o conceito do "pacto com o diabo" (muito comum na crendice popular), no qual o praticante "vende a alma pro diabo" em troca de riquezas e sucesso. Sob a ótica luciferianista, o único pacto aceitável é o compromisso consigo próprio de buscar a iluminação espiritual utilizando-se da força da própria vontade.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-10859403143792277772009-10-25T11:57:00.000-07:002009-10-25T12:21:13.853-07:00WICCA ( A RELIGIAO DA DEUSA)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRzJUvzLiNNhVSb_IiTo-opwozzMEX-PBkiWgVK-L1Xu2dJi3L_iO7pAtpXN7CeCVioAv1LdJMmLxw38L6SmoA9qesgTbemnWKdM7f4hzAsZY-4UrSY2D7cKJ7ovbt5D9yKdavgU3RKG9a/s1600-h/figura117.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRzJUvzLiNNhVSb_IiTo-opwozzMEX-PBkiWgVK-L1Xu2dJi3L_iO7pAtpXN7CeCVioAv1LdJMmLxw38L6SmoA9qesgTbemnWKdM7f4hzAsZY-4UrSY2D7cKJ7ovbt5D9yKdavgU3RKG9a/s320/figura117.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396614306074220866" /></a><br /><br /> <br /> <br />Também conhecida por Religião da Deusa e Antiga Religião, a Wicca é uma filosofia de origem pré-cristã baseada no princípio de criação feminino, nos ciclos da natureza, como as fases lunares e as quatro estações, revivendo o culto à Grande Deusa e aos Deuses Antigos. Também inclui várias modalidades de magia e rituais que buscam a harmonização pessoal. <br />Para seus adeptos, a Wicca é considerada uma religião. Devido a popularidade que atingiu nos últimos anos, várias hipóteses são criadas; desde sua origem até a forma como é praticada atualmente. Portanto, as definições são amplamente maleáveis e a Wicca torna-se um tema relativamente incerto. <br />O termo Wicca possui provavelmente duas origens. A primeira está ligada a palavra saxônica Witch, que significa dobrar, moldar ou girar. A segunda origem é relativa a raiz germânica da palavra Wit, que significa saber ou sabedoria. Portanto, deduze-se que Wicca pode significar moldar a sabedoria. É neste conceito que reside sua essência: moldar (adaptar e utilizar) o conhecimento universal em próprio benefício, sem prejudicar a ninguém. Porém, a palavra ainda carrega uma conotação negativa e errônea, sendo associada ao satanismo, magia destrutiva e cultos ou seitas opositoras ao cristianismo de um modo geral.<br /><br />A Wicca e os Celtas<br /> <br />O conceito de Magia Wicca que se conhece atualmente, surgiu com os Celtas no período neolítico; nas regiões da Irlanda, Inglaterra e País de Gales, atingindo posteriormente a Itália e a França. Os Celtas surgiram por volta de 2 mil anos antes de Cristo e provavelmente tiveram origem entre os povos indo-europeus da Ásia. Apesar do povo celta ter se espalhado por terras tão distantes, seus costumes não se fragmentaram. Pois o idioma, a arte e a religião sedimentavam a base cultural.<br />A raiz filosófica-espiritual dos celtas era baseada no Druidismo, uma religião politeísta que reverenciava duas divindades principais: a Deusa Mãe (chamada de Ceridwen), que representa a criação e a fecundação onde todo o universo se originou; e seu filho, o Deus Cornífero (chamado de Cernunos), o pólo masculino que representa a fertilização. A única forma de alcançar as divindades era mantendo uma estreita relação com a natureza. Até mesmo o calendário era orientado através da natureza. Os celtas realizavam festivais ritualísticos celebrando suas divindades, praticavam a agricultura e a cura através das ervas.<br />Na organização social Celta, os Druidas eram os sacerdotes, guardiões das tradições, cultura e teologia. A classe sacerdotal era dividida entre homens e mulheres. Mas a cultura era essencialmente matriarcal. A iniciação nos mistérios druídicos durava em média 20 anos e os ensinamentos eram transmitidos oralmente, pois temiam que a palavra escrita pudesse se tornar veículo de Magia incontrolável. Ao se espalhar pela Europa, os celtas levaram suas crenças nativas que se combinaram ao conjunto de crendices local, dando origem ao conceito primitivo da Wicca.<br /><br />Pagãos & Cristãos<br /> <br />Paganismo é o termo usado para definir as religiões oriundas do período pré-cristão. Assim, as práticas pagãs se desenvolveram durante séculos. Até que em 330 d.C, o cristianismo passou a ser imposto aos povos de todo o mundo. As práticas pagãs foram consideradas heréticas e toda a religiosidade pré-cristã, bem como seus adeptos, tornaram-se alvos da intolerância católica.<br />A Igreja deturpou a real significação da crença pagã e a propagou como um culto demoníaco. Por exemplo, a imagem do demônio comum entre os cristãos, é um homem com chifres e patas de bode; muito semelhante à imagem do Deus Cornífero. Este é um forte indício de que a Igreja católica transformou a imagem de divindades anteriores ao cristianismo em símbolos maléficos. Assim, o sentido original assumiu um caráter negativista e destrutivo. Infelizmente, esta conotação se fortaleceu ao longo do tempo, e tudo que estivesse relacionado à bruxaria e Wicca, era visto como uma forma de anticristianismo. Este conceito errôneo foi se diluindo recentemente, à medida que estudos sérios e imparciais sobre as culturas pré-cristãs foram sendo divulgados. <br />Nesse período, certa de 5 milhões de mulheres foram queimadas, acusadas de bruxaria. Com isso a Igreja conseguiu conter o crescente poder que a imagem feminina estava adquirindo ao longo dos séculos, diante da chamada Deusa. Por conseqüência disso, foi gerada essa nossa sociedade masculinizada em quase todos os segmentos. Isso só veio a se alterar nos últimos anos, mesmo assim muito lentamente. <br /> <br />Wicca no Século XX<br /> <br />Um dos primeiros registros da utilização da palavra Wicca no século XX, ocorreu em 1921 quando foi publicado o livro The Witch Cult in Western Europe, da antropóloga Margaret Murray. Nesta obra, a autora relata os cultos pagãos do período pré-cristão que ainda eram cultivados em diversas partes da Europa. Em 1948, Robert Grave publicou The White Goddess. Após três anos, quando a última lei contra as práticas pagãs foi revogada, Gerald Gardner publicou o famoso Witchcraft Today. A consolidação da literatura wiccaniana ocorreu em 1979, com a publicação de Spiral Dance (com o título em português A Dança Cósmica das Feiticeiras) da autora Starhawk. Esta obra se tornou o livro sobre Wicca mais lido em todo o mundo. A partir daí, houve uma explosão de livros e artigos relacionados à práticas e crenças pagãs. Assim, a Wicca ganhou notoriedade na sociedade moderna ocidental, e ficou evidente que a bruxaria havia sido a crença religiosa predominante entre os antigos europeus; havia resistido a supressão e sobrevivido aos tempos modernos.<br />Atualmente, acredita-se que exista em torno de 12 milhões de neopagãos espalhados por todo o mundo. Sendo 250 mil nos Estados Unidos. Uma parte da população da Islândia é adepta do Asatru; uma variação da Wicca. Vários grupos se organizam e compõem um forte elo de divulgação por diversas partes do planeta. Assim, em todo mundo renasce a crença na Deusa e na Antiga Religião.<br /> <br /> RITUAL DE AUTO INICIAÇAO<br /> <br />Comece despindo toda sua roupa e prepare-se para seu banho ritualístico, previamente perfumado ou com ervas simbolizando o elemento Água - para purificar seu corpo e espírito de qualquer vibração negativa. Durante o banho, limpe sua mente de todos os pensamentos desagradáveis da vida moderna, e procure meditar, deixar a mente vazia até que se sinta completamente relaxado. Logo em seguida, saia do banho e trace um círculo mágico com mais ou menos um metro e meio de diâmetro, usando um giz ou uma tinta branca. Salpique um pouco de sal - que representa o elemento Terra - sobre o círculo para consagrá-lo e diga:<br /> <br />"Com o sal eu consagro e abençôo este círculo de poder, sob os nomes divinos da Deusa e do seu Consorte, o Deus Cornífero. Abençoado Seja". <br /> <br />Em frente ao círculo coloque duas velas brancas - que simbolizam o elemento Fogo - e coloque também um incensório de Olíbano com um incenso de Mirra - que simboliza o elemento Ar - mantendo os diante de você. Logo após dispor estes elementos, sente-se no meio do círculo procurando estar voltado para o Norte, lembrando que você deve estar só e completamente nu. Caso não sinta-se bem trabalhando sem roupa, procure usar uma veste cerimonial branca. As duas velas servirão para invocação do Deus e da Deusa assim como o incenso. Acenda o incenso que está a sua frente, e logo em seguida acenda uma das Velas brancas e diga: <br /> <br />"Eu te invoco e te chamo, oh Deusa Mãe, criadora da vida e da alma do Universo infinito. Pela chama da vela e pela força do incenso eu te invoco para abençoar este ritual e para garantir a minha admissão na companhia dos teus filhos amados. Oh bela Deusa da vida e do renascimento, que é conhecida como Cerridwen, Astarte, Atenas, Brigida, Diana, Isis, Melusine, Afrodite e por muitos outros nomes divinos, neste círculo consagrado a luz de velas. Eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te servir. Enquanto eu viver prometo respeitar e obedecer é tua lei de amor a todos os seres vivos. Prometo nunca revelar os segredos da arte a qualquer homem ou mulher que não pertença ao mesmo caminho; e juro aceitar o conselho wiccaniano de 'Para o bem de todos, faça-se sua vontade.' Oh Deusa - rainha de todas as bruxas - abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja." <br /> <br />Acenda a outra vela branca e diga: <br /> <br />"Eu te invoco e te chamo, oh grande Deus Cornífero dos pagãos, senhor das matas verdes e pai de todas as coisas selvagens e livres. Pela chama da vela e pela fumaça do incenso eu te invoco para abençoar este ritual. Oh! Grande Deus Cornífero da morte e de tudo o que vem depois, que é conhecido como Cernunnos, Attis, Pã, Daghda, Fauno, Frey, Odin, Lupercus e por muitos outros nomes, neste círculo consagrado é a luz de velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te bem servir enquanto eu viver. Oh Grande Deus Cornífero da paz e do amor, abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja."<br /> <br />Agora mantenha suas mãos abertas e voltadas para os Céus. Feche seus olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos Céus e penetrando nas palmas das suas mãos. Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e o Deus purificam sua alma. Procure não se assustar caso você comece a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro da sua mente, como por telepatia. São a Mãe e o Pai dentro de você, revelando sua presença. Permaneça no círculo mágico até que as velas e o incenso terminem, assim encerra-se o ritual de Auto-iniciação. <br />Note que nem todos os Wiccans escutam ou percebem as verdadeiras palavras ditas pelas deidades e, neste caso, podem estar suscetíveis a sentir a presença divina do amor da Deusa. Podemos salientar que é muito comum que as deidades pagãs falem com o bruxo auto-iniciado, especialmente se você for sensitivo.<br /><br /> O ALTAR <br /><br />Sempre que possível uma Bruxa deve ter seu Altar, que de certa forma será sua ligação com os deuses. Não precisa ser nada complicado ou luxuoso. Tradicionalmente, ele deve ficar ao Norte, para determinar onde é o Norte, use uma bússola. Uma vela preta é colocada a Oeste simbolizando a Deusa, e uma vela branca a Leste para o Deus. No Altar deve estar o Cálice, o Athame (punhal), o Pentagrama, a Varinha e outros objetos utilizados nos rituais. <br />Também é comum se colocarem símbolos para os Quatro Elementos, como uma pena para o Ar, uma planta para a Terra, uma vela vermelha ou enxofre para o Fogo e logicamente, Água para esse mesmo Elemento. Muitas pessoas colocam um símbolo para a Deusa e o Deus, como uma concha e um chifre, ou mesmo estátuas e gravuras dos Deuses. Abuse de sua criatividade, pois o Altar é o seu espaço pessoal, onde deve ser colocado todo o seu Amor. Se por algum motivo, você não puder montar um Altar onde você mora, crie um espaço na sua imaginação, pois o verdadeiro Templo está dentro de você, ou vá para a Natureza e faça dela o mais lindo de todos os Santuários.<br /><br /> O LIVRO DAS SOMBRAS<br /> <br />O Livro das sombras também conhecido por Liber Umbrarium ou Book of Shadows, tem o mesmo objetivo que um diário para uma garota. A diferença é que ele é usado pelos bruxos (as) como meio de registrarem seus feitiços, encantamentos e poções ao longo da vida mágica. Onde anota-se sonhos, visões, e tudo mais que queira registrar Arte. <br />O nome Livro das Sombras, segundo Ambrosia Knight (uma bruxa americana) vem do caráter oculto do que se escreve nele. É um livro que deve ser mantido longe de olhos curiosos que não pertençam à bruxaria pois nele colocamos uma parte do nosso poder. A origem desse Livro, remonta ao tempo das perseguições. Proibidas de compartilhar oralmente seus conhecimentos, as(os) Bruxas(os) da Idade Média, escreviam seus conhecimentos e feitiços, em um Livro que ficava escondido, por isso o termo "das Sombras", pela menção de que deveria ficar oculto a qualquer preço, sob seu dono ter contra si, provas incontestáveis de Bruxaria. <br />O Livro é um instrumento muito íntimo. Sendo assim, tradicionalmente não se permite que ninguém fora da Arte toque no seu livro, é permitido que outros bruxos leiam o que você autorizar, ou até mesmo que copiem encantos ou feitiços, mas o livro nunca pode ser emprestado e cada um pode, de diversas formas, descrever suas experiências, o que se torna natural e saudável. <br />Outro motivo para não deixar que qualquer pessoa leia seu livro, é que ele reflete o seu mundo mágico, o seu mundo da bruxaria, e algumas coisas podem vir a chocar pessoas leigas, que não saibam o significado, ou possa fazer com que você caia em descrédito junto à comunidade ou a seus familiares, perturbando de certa forma sua vida cotidiana.<br /><br /> AS TREZE METAS DA WICCA<br /><br />• Conhecer a si mesmo <br />• Saber sua arte <br />• Aprender <br />• Usar o que você aprendeu <br />• Manter o balanço de todas as coisas <br />• Manter suas palavras verdadeiras <br />• Manter seus pensamentos verdadeiros <br />• Celebrar a vida <br />• Alinhar você mesmo com o ciclo da Terra <br />• Manter seu corpo correto <br />• Exercitar seu corpo e sua mente <br />• Meditar <br />• Honrar a Deusa e o Deusedyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-21492780040723059922009-10-25T11:42:00.000-07:002009-10-25T11:49:39.476-07:00A CRUZ E SEUS SIMBOLISMOS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6bu9thFx5QBaBt848c_pbfOssmdub32ab7wB0bU2iqXMloFWUz34a3Zt1xg6UhbpiFzqUm0gzY4kAXQVxeusCtdIkr0GbSxsi3pos56AK2Owdd98VmzgPgP5CfGyhWyoxKk5KEQe8Mqt9/s1600-h/DarkMark.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6bu9thFx5QBaBt848c_pbfOssmdub32ab7wB0bU2iqXMloFWUz34a3Zt1xg6UhbpiFzqUm0gzY4kAXQVxeusCtdIkr0GbSxsi3pos56AK2Owdd98VmzgPgP5CfGyhWyoxKk5KEQe8Mqt9/s320/DarkMark.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396611440473477618" /></a><br /><br /><br />Apesar de ter sido difundida pelo cristianismo como símbolo do sofrimento de Cristo à crucificação, a figura da cruz constitui um ícone de caráter universal e de significados diversificados, amparados por suas inúmeras variações. <br />É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na história de povos distintos (e distantes) como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios americanos.<br />Seu modelo básico traz sempre a intersecção de dois eixos opostos, um vertical e outro horizontal, que representam lados diferentes como o Sol e a Lua, o masculino e o feminino e a vida e a morte, por exemplo.<br />É a união dessas forças antagônicas que exprime um dos principais significado da cruz, que é o do choque de universos diferentes e seu crescimento a partir de então, traduzindo-a como um símbolo de expansão.<br />De acordo com o estudioso Juan Eduardo Cirlot, ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da qual a alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através da experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingem a iluminação.<br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPRzEH1Y-cpexEt8JiPQ0vRCjNCPs5lU6EWFZig9sULXZ80azN7zuCEnRZh7wqFVC6I0kZX0YZCLIFIgd-QETg3XWKrZFTpBXOsW6ForSkvpZWZE9Inc_kJuJ72rHK31UyZUBxkpkoBn3k/s1600-h/cruz.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 254px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPRzEH1Y-cpexEt8JiPQ0vRCjNCPs5lU6EWFZig9sULXZ80azN7zuCEnRZh7wqFVC6I0kZX0YZCLIFIgd-QETg3XWKrZFTpBXOsW6ForSkvpZWZE9Inc_kJuJ72rHK31UyZUBxkpkoBn3k/s320/cruz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396610403699051650" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsKoqQ8hJFxr7uNwu3nIhW-ETu4M3mm1kIXeaUzlNXtBpEWa_kjT62J52Kb4AOGaa2fH6qagiaM_GTcHftaPZnW4k5I_xG64NPOWayV_Y9oJBOVvoqc0el4dksdtIwFjJem4BQZL3Tmhut/s1600-h/cruz2.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 254px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsKoqQ8hJFxr7uNwu3nIhW-ETu4M3mm1kIXeaUzlNXtBpEWa_kjT62J52Kb4AOGaa2fH6qagiaM_GTcHftaPZnW4k5I_xG64NPOWayV_Y9oJBOVvoqc0el4dksdtIwFjJem4BQZL3Tmhut/s320/cruz2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396610817234276466" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4na0jWExhQhlaO0OKzNR0GabONL7cXq9olGIvj6FKOgBXLetQ3p-xOLjJ9BynLcL-T9c2-VSRr8O6u5jvtaQ9GeHbkmWppWJstmmiUdFdjPGfgg4E4qxBLvS1dDh4UCEpDkGkvGUqLQ5B/s1600-h/cruz1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4na0jWExhQhlaO0OKzNR0GabONL7cXq9olGIvj6FKOgBXLetQ3p-xOLjJ9BynLcL-T9c2-VSRr8O6u5jvtaQ9GeHbkmWppWJstmmiUdFdjPGfgg4E4qxBLvS1dDh4UCEpDkGkvGUqLQ5B/s320/cruz1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396611150863492066" /></a>edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-20678824257704608692009-10-24T19:30:00.000-07:002009-10-24T19:39:07.184-07:00cerbero<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcLN-msEf1vFX9xm2fUyaZBlXeLMU8nYhq0Kbvomx-YRG6Vr4eJ_HCK_MhE5khNvSDworYEchHLi-iDMHNvwQ1RPTcKJwwmeBYbqhuAN-P_7pQBA_f6WoTh6oiEeFwjRTuBZQIj6rEJZGc/s1600-h/imagemfffggvhj+rtyu+ret+e56+dyy+d+++eryter+yer++erte.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcLN-msEf1vFX9xm2fUyaZBlXeLMU8nYhq0Kbvomx-YRG6Vr4eJ_HCK_MhE5khNvSDworYEchHLi-iDMHNvwQ1RPTcKJwwmeBYbqhuAN-P_7pQBA_f6WoTh6oiEeFwjRTuBZQIj6rEJZGc/s320/imagemfffggvhj+rtyu+ret+e56+dyy+d+++eryter+yer++erte.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396359916005381426" /></a><br />Cérbero<br /> <br /><br />Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego, Κέρβερος – Kerberos = "demónio do poço") era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.<br />Morfologia<br />A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Enéias e Psiquê.<br />Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.<br />Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades, que levava o nome do deus que o regia, ao lado de Perséfone. Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.<br />Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.<br />Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Piritoo, que por tentar seduzir Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.<br />Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina. Cérbero era irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKMwFITENP7lMEwllto3Lsk4RBizxdh7Sx9zo7Q5QyOMazVGDKEaiJUB57pOMu3Nvm4WEdatVLaTlpWmM_YziibeHX82BGn1_UH9tiLscBKDKbo98EVak6O02M-7-uVuxO5CcejW9S0k67/s1600-h/simbolo-gotico-baphomet.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 319px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKMwFITENP7lMEwllto3Lsk4RBizxdh7Sx9zo7Q5QyOMazVGDKEaiJUB57pOMu3Nvm4WEdatVLaTlpWmM_YziibeHX82BGn1_UH9tiLscBKDKbo98EVak6O02M-7-uVuxO5CcejW9S0k67/s320/simbolo-gotico-baphomet.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396360838481599218" /></a>edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-54729713300483631322009-10-24T19:17:00.000-07:002009-10-24T19:20:57.996-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtMQ_iRRWzJdQ56AwZKORB-cDWs4ehAFMLLctubQf8l9zQ3d78tY5S8HmxVt36NvxXi8K3zUefck2xXQCEGDNwEja7_SvYHFMuYMHGyQ1X0-PySOmffsrcqST0yRIjZGh6_8lFQUnbNaKs/s1600-h/anjo+caido.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 311px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtMQ_iRRWzJdQ56AwZKORB-cDWs4ehAFMLLctubQf8l9zQ3d78tY5S8HmxVt36NvxXi8K3zUefck2xXQCEGDNwEja7_SvYHFMuYMHGyQ1X0-PySOmffsrcqST0yRIjZGh6_8lFQUnbNaKs/s320/anjo+caido.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396356533495359650" /></a><br /><br />Atlântida<br />Nota: Para outros significados de Atlântida, ver Atlântida (desambiguação).<br /> <br />Mapa de Athanasius Kircher mostrando Atlântida no meio do Oceano Atlântico. De Mundus Subterraneus de 1669, publicado em Amsterdã. O mapa é orientado com o sul para cima.<br /><br />Atlântida ou Atlantis (em grego, Ἀτλαντίς - "filha de Atlas") é uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida".<br />Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval localizada "na frente das Colunas de Hércules", que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África 9.000 anos antes da era de Solon, ou seja, aproximadamente 9600 a.C.. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano "em um único dia e noite de infortúnio".<br />Estudiosos disputam se e como a história ou conto de Platão foi inspirada por antigas tradições. Alguns pesquisadores argumentam que Platão criou a história mediante memórias de eventos antigos como a erupção de Thera ou a guerra de Tróia, enquanto outros insistem que ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos, como a destruição de Helique em 373 a.C.[1] ou a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415–413 a.C..<br />A possível existência de Atlântida foi discutida ativamente por toda a antiguidade clássica, mas é normalmente rejeitada e ocasionalmente parodiada por autores atuais. Como Alan Cameron afirma: "é só nos tempos modernos que as pessoas começaram a levar a sério a história de Atlântida, ninguém o fez na Antiguidade".[2] Embora pouco conhecida durante a Idade Média, a história da Atlântida foi redescoberto pelo Humanistas no período da Idade Moderna. A descrição de Platão inspirou trabalhos utópicos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em "Nova Atlântida". Atlântida ainda inspira a literatura, da ficção científica a gibis, até filmes, seu nome tornou-se uma referência para toda e qualquer suposição sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.<br />Menções na literatura<br />A menção conhecida mais antiga é a feita pelo filósofo grego Platão (428-347 a.C.) em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias).[3] Platão conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo atlante. Segundo o sacerdote, o povo de Atlantis viveria numa ilha localizada para além dos pilares de Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.<br />Quando os deuses helênicos partilhavam a terra, conta o sacerdote, a cidade de Atenas pertencia à deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.<br />Em Atlântida, nas montanhas ao centro da ilha, vivia uma jovem órfã de nome Clito. Conta a lenda que Poseidon ter-se-ia apaixonado por ela e, de maneira a poder coabitar com o objeto da sua paixão, teria erguido uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por muitos anos e desta relação nasceram cinco pares de gêmeos. Ao mais velho o deus dos mares batizou de Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas circulares, o deus dos mares concedeu supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha.<br /> <br /><br />Atlântida submersa, em ilustração da obra Vinte Mil Léguas Submarinas<br />Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon. Reuniam-se uma vez por ano no centro da ilha, onde o palácio central e o templo a Poseidon, com os seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos monarcas dispunha-se à caça de um touro. Uma vez o touro caçado, beberiam do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras críticas e cumprimentos eram trocados à luz do luar.<br />Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral. Não só era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc., como ainda de oricalco, um metal que brilhava como fogo.<br />Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior. Entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.<br />Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.<br />Pouco mais se sabe de Atlântida. Segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terremoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser dizimados pelos atenienses.<br />Outra tradição completamente diferente chega-nos por Diodoro da Sicília, em que os atlantes seriam vizinhos dos líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.<br />Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios descendentes dos atlantes.<br />Na cultura pop do séc. XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.<br />Teorias e hipóteses sobre sua existência<br />O tema Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, das cépticas às mais fantasiosas. Segundo alguns autores mais céticos, tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global (identificada, ou não, com o Dilúvio), que teria sido assimilada pelas tradições orais de diversos povos e configurada segundo suas particularidades culturais próprias. Consideram também que a narrativa se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as transformações geográficas e geológicas devidas às transgressões marinhas.<br />Teoria do antigo continente<br />Há ainda a versão, como a defendida pelo cientista brasileiro Arysio Nunes dos Santos, segundo a qual Atlântida seria nada mais do que o nome grego para uma civilização ancestral, que teria sido descrita com diferentes nomes nas mais diversas culturas. Para Arysio, a Atlântida supostamente real ficaria próxima à Indonésia e diversos povos do mundo, como os gregos, hindus e tupis, seriam descendentes dos atlantes. Ainda, segundo essa teoria, diversas descobertas científicas como a criação de determinadas culturas agrícolas e do cavalo, seriam tributárias dos atlantes; e a causa da submersão da cidade/continente e do dilúvio teriam sido devidas a uma bomba atômica[4].<br />Teoria de Tântalis<br />Alguns pesquisadores acreditam que a Atlântida, nome derivado do deus Atlas, é uma releitura grega da antiga cidade, também perdida, de Tântalis, nome derivado do deus Tântalo. A lenda de Tântalo seria essencialmente a mesma de Tântlis, sendo tântalo uma releitura lídia de Atlas[5]. A Atlântida então, segundo essa versão, nada mais seria que a versão grega da antiga capital da Lídia, Tântalis, conhecida também como Sipylus, que se localizava nas terras de Arzawa, situada na costa ocidental da Anatólia[6]. Segundo escritos antigos e autores clássicos[7], a cidade antiga de Tântalis sucumbiu, devido a um grande terremoto que despedaçou o monte Sipylus, afundando, após isso, nas águas que brotaram de Yarikkaya, uma ravina profunda, transformando-se no lago Saloe. Durante o século XX, o lago Saloe, último vestígio de Tântalis, foi esvaziado sem cerimônia para abrir mais espaço para a agricultura[7].<br />Teoria da Antártida<br />Na década de 1960, o professor Charles Hapgood, tentando entender como ocorreram as eras glaciais, propôs a teoria de que o gelo que se acumula nas calotas polares provocaria um peso suficiente para que o polo terrestre se deslocasse sobre a superfície da Terra, carregando outro continente para o polo e causando uma era glacial nesse lugar[8]. Segundo essa teoria, uma parte dos Estados Unidos já teria se tornado o pólo norte e a Antártida já teria se localizado mais acima no Oceano Atlântico, entre a Argentina e a África. Se valendo dessa teoria, o polêmico jornalista britânico Graham Hancock propôs que o continente perdido de Atlântida seria, nada mais, do que a Antártida antes do último período glacial, quando estaria mais alta no Oceâno Atlântico, e as cidades Atlântidas, por sua vez, estariam em baixo de grossa camada de gelo, tornando impossível sua investigação arqueológica. Essa teoria seria ainda confirmada por uma mapa, o mapa dos antigos reis dos mares, feito por Piri Reis no século XVI, baseado em mapas antigos[8], que mostra um estranho formato para a América do Sul, que seria não a América do Sul, mas sim a Antártida na sua localização não polar. Essa teoria é aceita por alguns, porém não pelos estudiosos atuais[8] que afirmam que o peso dos pólos não seria suficientemente grande para fazer mover os continentes na superfície da Terra, e, ainda, descobriram que o mapa de Piri Reis é realmente o mapa da América do Sul, porém, tendo como referência a cidade do Cairo, o que deu um formato diferente ao continente. Ainda, fotos de satélite tiradas a partir da cidade do Cairo, comprovaram que o formato da América do Sul, vista do Cairo, é como o mostrado no mapa[8]. Outro problema encontrado com esse mapa é que sem o gelo a Antártida teria um formato diferente do que o mostrado, já que o nível da água subiria e deixaria aquele continente com várias ilhas.<br /> Teoria extra-terrestre<br />Uma das mais polêmicas teorias sobre a Atlântida foi proposta recentemente pelo pesquisador Prof. Ezra Floid.<br />Partindo do desenho de cidade circular descrito por Platão, Floid propõe que Atlântida se tratava de uma gigantesca nave espacial, um disco-voador movido à hidrogênio, hidromagnetismo, com uma usina central de Hidro-Forças, chamada de Templo de Poseidon: um imenso OVNI descrito por muitas culturas como "A Ilha Voadora" (citada em Viagens de Gulliver), relacionada com a Jerusalém Celestial descrita na Bíblia, à Purana Hindu que desce do Céu, o Disco Solar dos Astecas, Maias, Incas e Egípcios. Sendo Atlântida uma missão colonizadora, ela teria estado em muitos pontos da Terra, pois se locomovia e se instalava em regiões; este teria sido o motivo pelo qual sua presença ora é imaginada no Mediterrâneo, ora na Indonésia, ora no Atlântico, nos Pólos e nos Andes: Atlântida seria a mesma nave descrita na epopéia dos Sumérios. Segundo esta teoria inovadora do professor Ezra Floid, Atlântida não teria submergido catastroficamente, mas intencionalmente, como parte do projeto colonizador que seu povo realizava no planeta. Após permanecer algum tempo no fundo do mar como cidade submarina, o disco-voador atlante teria usado também a hidroenergia de emersão para lançar-se diretamente no espaço sideral, provocando com sua massa e seu arranque poderoso uma enorme onda circular de tsunami no oceano onde estaria oculta. Os sobreviventes deste tsunami, após a tragédia, teriam julgado que Atlântida havia afundado. No entanto, os atlantes apenas teriam voltado para seu sistema natal.<br />Hipóteses sobre a localização geográfica<br /> <br /><br />Locais já cogitados para a localização de Atlântida no Mar Mediterrâneo.<br />Há diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e sobre quem teriam sido seus habitantes. A lenda que postula Atlântida, Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio esotérico (não confundir com os antigos continentes que, de acordo com a teoria da tectónica de placas existiram durante a história da Terra, como a Pangéia e o Sahul).<br />Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal Oceânica que - no caso de não ser hoje parte dos Açores, Madeira, Canárias ou Cabo Verde - teria sido destruída por movimentos bruscos da crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na América, semelhantes às pirâmides do Egito, fato que poderia ser explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar à África e à América para dividir seus conhecimentos. Esta posição geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos sobre este povo.<br /> <br /> <br />Imagem de satélite das ilhas de Santorini, um dos muitos locais cogitados como a antiga localização de Atlântida.<br />Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente avançado e coberto de riquezas seria o povo Chavín, da Cordilheira dos Andes, ou os olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos comuns nestas regiões poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos poderiam tê-las abalado de forma violenta por um período de tempo. Através de diversos estudos, alguns estudiosos chegaram a conclusão que Tiwanaku, localizada no altiplano boliviano, seria a antiga Atlântida. Essa civilização teria existido de 17.000 a.C. a 12.000 a.C., em uma época que a região era navegável. Foram encontrados portos de embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.<br />Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação da cultura minóica, que floresceu na ilha de Creta até o final do século XVI a.C. Os ancestrais dos gregos, os micênicos, tiveram contato com essa civilização culturalmente e tecnologicamente muito avançada no início de seu desenvolvimento na Península Balcânica. Com os minóicos, os micênicos aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no Mar Egeu solaparam as cidades e os portos minóicos, e a civilização de Creta rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de Platão.<br />Uma formulação moderna da história da Atlântida e dos atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. Em seu principal livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhes a raça atlante, seu continente e sua cultura, ciência e religião[9]. Existem alguns cientistas que remetem a localização da Atlântida a um local sob a superfície da Antártica.<br />A localização mais recente foi sugerida pela imagem obtida com o Google Earth por um engenheiro aeronáutico e publicada no tablóide The Sun[10], mostrando contornos que poderão indicar a construção de edifícios numa vasta extensão com dimensões comparáveis ao País de Gales e situado no Oceano Atlântico, numa área conhecida como o abismo plano da Ilha da Madeira.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-59257160528478110822009-10-23T15:06:00.000-07:002009-10-23T15:11:45.388-07:00HELLA DEUSA NORDICA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDeBIvew9WtJRBfrm-Pw19pOw7xWLkCwYS4TK3-YjHtJqsUp1kC1mGzYIO3iU_wicA-st5Q8nTO683f5IpwoP3UUBVVhKkcVB5iFZGdcBn1LMIvAwd3lhTzemDBB_7lLtLO-OYw6ToJAlH/s1600-h/vampira.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 306px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDeBIvew9WtJRBfrm-Pw19pOw7xWLkCwYS4TK3-YjHtJqsUp1kC1mGzYIO3iU_wicA-st5Q8nTO683f5IpwoP3UUBVVhKkcVB5iFZGdcBn1LMIvAwd3lhTzemDBB_7lLtLO-OYw6ToJAlH/s320/vampira.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395921439091620914" /></a><br />Na mitologia nórdica, Hel, Hela ou Hell é filha de Loki e da gigante Angrboda, irmã mais nova de Fenrir e a serpente de Midgard. A serpente de Midgard foi banida por Odin para o mar que cerca a Terra, mas a fera cresceu tanto que podia se colocar à volta do mundo e tocar na própria cauda. Lobo Fenris foi preso com uma corrente feita pelos espíritos da montanha, chamada Gleipnir.<br />Hel foi banida por Odin para o mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim, que fica nas profundezas de Niflheim. Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio Aqueronte da mitologia grega. Lá, recebeu o poder de dominar nove mundos ou regiões, onde distribui aqueles que lhe são enviados, isto é, aqueles que morrem por velhice ou doença. Seu palácio chama-se Elvidner, sua mesa era a Fome, sua faca, a Inanição, o Atraso, seu criado, a Vagareza, sua criada, o Precipício, sua porta, a Preocupação sua cama, e os Sofrimentos formavam as paredes de seus aposentos. Hela podia ser facilmente reconhecida, uma metade de seu corpo era de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrivel em decomposição.<br />A personalidade de Hel difere das dos deuses do mundo inferior das demais mitologias: Ela não é boa e nem má, simplesmente justa.<br />O termo inglês Hell (Inferno em português) origina-se do nome desta deusa.<br /><br />Valhala<br /><br />Valhala, Valíala,Valhalla ou Walhala (há, ainda, quem use a forma original, Valhol) na mitologia nórdica ou escandinava é o local onde os guerreiros vikings eram recebidos após terem morrido, com honra, em batalha.<br />Odin teria ouvido que matariam todos os seus filhos e demais guerreiros. Curioso e precavido, achegou-se a deusa da sabedoria, um oráculo, que não quis lhe revelar a veracidade do boato. Insistente, Odin teria a seduzido, resultando em nove filhas conhecidas como valquírias.<br />Odin, então, ordenara a uma delas, que foi incumbida de construir e organizar um palácio mágico, Castelo de Valhala, em Asgard (a terra dos deuses nórdicos), para onde seriam enviados todos os guerreiros mortos em batalha, chamados Einherjar.<br />Metade das almas dos guerreiros passariam, então, os seus dias a treinarem-se em combates, desfrutando grandes banquetes e orgias a noite. A condição imposta seria a de proteger o castelo. Elas formariam um exército ("Exército das Almas Vivas"), invencível até ao advento do Ragnarok, quando combateriam ao lado de Odin. Com a chegada da noite, as almas seriam reconfortadas com as mesmas refeições dos deuses. A outra metade seguia para Folkvang, o palácio de Freyja.<br />Na mitologia nórdica, Ragnarök [1] é a batalha que levará ao fim do Mundo<br />A batalha será travada entre os deuses ( Aesires e Vanires, liderado por Odin) e as forças do mal (os gigantes de fogo, os Jotuns entre outros monstros, liderados por Loki). Esta batalha não levaria apenas à destruição dos deuses, gigantes e monstros: o próprio universo seria despedaçado irreversivelmente em partes.<br />Entre outros acontecimentos profetizados, Fenrir será solto e irá devorar Odin, após um inverno tríplice, com neve caindo dos quatro cantos do céu, ventos cortantes e um sol que não trará mais alegria. Seguir-se-ão mais três invernos e neste tempo, toda sorte de guerra e discórdia se espalhará pelo universo.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-41268842809718048012009-10-23T15:00:00.000-07:002009-10-23T15:06:25.124-07:00Holandês Voador<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7MemTzhyn2J_Ss0cS7PTdm3pIb2SsX41MSsm8TMBiRbxMjc3GCRAsNunNyhOUMVRT2fRH4Quo0oRN4soxvISSZqE8UBU7BcZnhABRCuKN8vPqZ0fBpcsxdWvVlyolN0yGB-UKlwmECi5L/s1600-h/imagemclkfhodfitg.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 273px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7MemTzhyn2J_Ss0cS7PTdm3pIb2SsX41MSsm8TMBiRbxMjc3GCRAsNunNyhOUMVRT2fRH4Quo0oRN4soxvISSZqE8UBU7BcZnhABRCuKN8vPqZ0fBpcsxdWvVlyolN0yGB-UKlwmECi5L/s320/imagemclkfhodfitg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395920084934436962" /></a><br />Holandês Voador é um lendário navio-fantasma holandês que vagará pelos mares até o fim dos tempos.<br />Em antigos documentos, pode-se encontrar registro de um navio real que zarpou de Amsterdã em 1680 e foi alcançado por uma tormenta no Cabo da Boa Esperança. Como o capitão insistiu em dobrar o cabo, foi condenado a vagar para sempre pelos mares, atraindo outros navios e, por fim, causando sua destruição. Vários relatos sobre o tal navio foram considerados miragens, embora haja uma grande variedade de detalhes descritos pelas testemunhas. No entanto não é o primeiro mito destas águas, depois do Adamastor descrito por Camões nos Lusíadas.<br />Existem histórias que citam o capitão de um navio que, ao atravessar uma tempestade, foi visitado por Nossa Senhora, que atendia às preces dos marinheiros desesperados. Culpando-a pelo infortúnio, atacou a imagem (ou amaldiçoou-a), atraindo para si a maldição de continuar vagando pelos sete mares até o fim dos tempos.<br />Durante a segunda guerra mundial, o contra-almirante nazista Karl Donitz, oficial de alto escalão do exército alemão, reportou a Hitler que uma das suas tripulações mais rebeldes comunicou que não iria participar de uma viagem a Suez pois havia visto o Holandês Voador. No ano de 1939, 100 nadadores que descansavam na Baía Falsa, na África do Sul, disseram ter avistado o Holandês Voador.<br />O futuro rei da Inglaterra Jorge V e sua tripulação de 12 homens em seu navio, o HMS Inconstant, avistaram o navio-fantasma no dia 11 de Julho de 1881 quando navegavam em torno da Austrália. A lenda diz que o capitão Cornelius Vanderdecken foi amaldiçoado e condenado a vagar pelos mares para sempre.<br />A lenda da embarcação-fantasma Holandês Voador é muito antiga e possui diversas versões. A mais corrente é do século XVII e narra que o capitão do navio se chamava Bernard Fokke, o qual, em certa ocasião, teria insistido, a despeito dos protestos de sua tripulação, em atravessar o conhecido Estreito de Magalhães, na região do Cabo Horn, que vem a ser o ponto extremo sul do continente americano. Ora, a região, desde sua primeira travessia, realizada pela navegador português Fernão de Magalhães, é famosa por seu clima instável e sua geleiras, os quais tornam a navegação no local extremamente perigosa. Ainda assim, Fokke conduziu seu navio pelo estreito, com suas funestas consequências, das quais ele teria escapado, ao que parece, fazendo um pacto com o Diabo, em uma aposta em um jogo de dados que o capitão venceu, utilizando dados viciados. Desde então, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar perpetuamente e causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem.<br />Essa lenda também serviu de inspiração para o compositor alemão Richard Wagner, ao criar a ópera de mesmo nome.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-85016658362684138872009-10-23T14:57:00.000-07:002009-10-23T15:00:40.951-07:00Malleus Maleficarum (caça as bruxas)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq6y6HacowAJxL6hTBETWkAsSTXE_piVuyjTBLaZ-1ez1eagkotFaZ6u36xGm30Dp8Ervf2VaK7MZC1dW3beMFYLZjn_e5VfUjjlgKfwY3ByT33CLrYRlAJjf9xxVWsTfIMJX8uqk5Jr6X/s1600-h/imagemt678e557fghg.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 246px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq6y6HacowAJxL6hTBETWkAsSTXE_piVuyjTBLaZ-1ez1eagkotFaZ6u36xGm30Dp8Ervf2VaK7MZC1dW3beMFYLZjn_e5VfUjjlgKfwY3ByT33CLrYRlAJjf9xxVWsTfIMJX8uqk5Jr6X/s320/imagemt678e557fghg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395918677786848754" /></a><br /><br />O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras (título original em latim: Malleus Maleficarum) é uma espécie de manual de diagnóstico para bruxas, publicado em 1487, dividindo-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.<br />Histórico<br />O “Martelo das Feiticeiras”, é provavelmente o tratado mais importante que foi publicado no contexto da perseguição da bruxaria do Renascimento. Trata-se de um exaustivo manual sobre a caça às bruxas, publicado primeiramente na Alemanha em 1487, e que logo recebeu dezenas de novas edições por toda a Europa, provocando um profundo impacto nos juízos contra as bruxas no continente por cerca de 200 anos. A obra é notória por seu uso no período de histeria da caça às bruxas, que alcançou sua máxima expressão entre o início do século XVI e meados do século XVII.<br />O Malleus Maleficarum foi compilado e escrito por dois inquisidores dominicanos, Heinrich Kraemer e James Sprenger. Os autores fundamentavam as premissas do livro com base na bula Summis desiderantes, emitida pelo Papa Inocêncio VIII em 5 de dezembro de 1484, o principal documento papal sobre a bruxaria. Nela, Sprenger e Kramer são nomeados (Iacobus Sprenger e Henrici Institoris) para combater a bruxaria no norte da Alemanha, com poderes especiais.<br />Kramer e Sprenger apresentaram o Malleus Maleficarum à Faculdade de Teologia da Universidade de Colônia (Alemanha), em 9 de maio de 1487, esperando que fosse aprovado.<br />Entretanto, o clero da Universidade o condenou, declarando-o tanto ilegal como antiético. Kramer, porém, inseriu uma falsa nota de apoio da Universidade em posteriores edições impressas do livro. A data de 1487 é geralmente aceita como a data de publicação, ainda que edições mais antigas da obra tenham sido produzidas em 1485 ou 1486. A Igreja Católica proibiu o livro pouco depois da publicação, colocando-o na Lista de Obras Proibidas (Index Librorum Prohibitorum).[carece de fontes?] Apesar disso, entre os anos de 1487 e 1520, a obra foi publicada 13 vezes. Entre 1574 e a edição de Lyon de 1669, o Malleus recebeu um total de 16 novas reimpressões.<br />A suposta aprovação inserida no início do livro contribuiu para sua popularidade, dando-lhe a impressão de que havia recebido um respaldo oficial. O texto chegou a ser tão popular que vendeu mais cópias que qualquer outra obra, à exceção da Bíblia, até a publicação d'El Progreso del Peregrino, de John Bunyan, em 1678.<br />Os efeitos do Malleus Maleficarum se espalharam muito além das fronteiras da Alemanha, provocando grande impacto na França e Itália, e, em grau menor, na Inglaterra.<br />Embora a crença popular consagrasse o Malleus Maleficarum como o clássico texto católico romano, no que cabia à bruxaria, a obra nunca foi oficialmente usada pela Igreja Católica. Kramer foi condenado pela Inquisição em 1490, e sua demonologia considerada não acorde com a doutrina católica. Porém, seu livro continuou sendo publicado, sendo usado também por protestantes em alguns de seus julgamentos contra as bruxas.<br />No Brasil foi publicado pela editora Três em 1976 com o título "MANUAL DA CAÇA ÀS BRUXAS (Malleus Maleficarum)" e posteriormente pela editora Rosa dos Tempos com o título "O Martelo das Feiticeiras".<br />Em sua introdução, é exposta uma linha de transformações acerca das crenças míticas-religiosas que foram se sobrepondo a partir dos tempos. A relação dessas concepçõe e de crenças tem vinculo intimo com o papel que a mulher vem representando em toda a História da humanidade.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-26833480502974190642009-10-23T14:50:00.000-07:002009-10-23T14:57:13.331-07:00Vampiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4hFiAzwCb6il0Qd4SthSMXhs2glAqoQHltJEDjJaxc9KAobrj2pR2SJmy_Ccqar-Nlepg4Srq2JivREGsXE4NqZ-damIktM7pVhR2SJtx9wwjFmdorPEZocLzZdWl6c6qZunsHGgTS3yR/s1600-h/olhos+do+poeta.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4hFiAzwCb6il0Qd4SthSMXhs2glAqoQHltJEDjJaxc9KAobrj2pR2SJmy_Ccqar-Nlepg4Srq2JivREGsXE4NqZ-damIktM7pVhR2SJtx9wwjFmdorPEZocLzZdWl6c6qZunsHGgTS3yR/s320/olhos+do+poeta.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395917651738113714" /></a><br />Segundo a lenda, vampiro é um ente mitológico que se alimenta de sangue humano.<br />O vampiro é um personagem muito comum na literatura de horror e mitológica, existindo tantas versões do seu mito quanto existem usos desse conceito. Alguns pontos em comum são o facto de ele precisar de sangue (preferencialmente humano) para sobreviver, de não poder sair na luz do Sol, de se transformar em morcego e de poder ser posto em torpor temporário por uma estaca no coração. Segundo a lenda, os vampiros podem controlar animais daninhos e noturnos, podem desaparecer numa névoa e possuem um poder de sedução muito forte. Formas de combatê-los incluiriam o uso de objetos com valor sagrado tais como hóstia consagrada, rosários, metais consagrados, alhos, água benta, etc.<br />Histórias sobre vampiros são bastante antigas e aparecem na mitologia de muitos países, principalmente dos da Europa e do Médio Oriente, na mitologia da Suméria e Mesopotâmia, onde surge como filho de Lilith, se confundindo com Incubus. Contudo as referências mais antigas a seres vampíricos vêm do Antigo Egipto, destacando-se neste mitologia a sanguinária Sekhmet e o Khonsu do Pre-Dinástico, como é bem visível na tradição vampírica da Aset Ka.<br />Ocultismo<br />O vampirismo é também uma vertente obscura e misteriosa dos estudos ocultistas, baseado em espiritualidade predatória. Os conceitos de vampirismo sob esta análise distinguem-se do vampirismo observado na ficção bem como os conceitos espalhados pela sua mitologia. É uma antiga tradição de mistérios, em que os seus defensores referem que data desde os tempos do Antigo Egipto. Grande parte do conhecimento sobre esta tradição, denominada por Asetianismo, são mantidos por uma antiga ordem de mistérios que dá pelo nome de Aset Ka, cuja influência na sociedade ocultista é reconhecida a nível internacional, e cuja sede em Portugal encontra-se localizada na cidade do Porto.[1]<br />O livro central relativo à tradição vampírica é a Asetian Bible, a Bíblia Asetiana, cuja versão de acesso público foi publicada em 2007 pela Aset Ka e escrita por Luis Marques, um autor de origem Portuguesa reconhecido internacionalmente como especialista em simbologia antiga, mitologia e religião. O texto explora toda a componente filosófica e espiritual da tradição Asetiana, bem como as suas práticas metafísicas e rituais religiosos de origem Egípcia, com grande influência do simbolismo milenar do Médio Oriente. Toda a cultura vampírica é assim analisada ao pormenor, bem como a evolução do arquétipo vampírico desde os tempos antigos até aos modernos e onde a influência do simbolismo vampírico é explorado na forma como influênciou a sociedade ao longo dos tempos.[2]edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-13884316287811506642009-10-23T14:43:00.000-07:002009-10-23T14:49:32.483-07:00NecronomiconAl Azif<br />Título do original em árabe. Segundo Lovecraft, azif é o nome usado pelos árabes para designar aquele barulho nocturno, produzido pelos insectos, que supõem ser o uivo de demónios.<br />Necronomicon<br />Nome dado à tradução em grego e pelo qual é mais vulgarmente conhecido o "Al Azif". O seu significado não é unânime e são apontadas várias traduções possíveis. As mais comummente utilizadas são "Livro dos Nomes Mortos", "Livro das Leis Mortas", "Imagem da Lei dos Mortos" e "Livro em Memoria dos Mortos".<br />Alegadamente, o Necronomicon é um grimório onde são descritos numerosos rituais para ressuscitar os mortos, contactar com entidades sobrenaturais, viajar pelas dimensões onde habitam estes seres, trazer de volta à Terra antigas divindades banidas e aprisionadas, etc. É mencionado ainda que a sua simples leitura basta para provocar a loucura e a morte.<br />Ficção verossímil<br />Embora o livro seja fictício, Lovecraft forneceu inúmeros dados supostamente reais a respeito da sua origem e história. Indicou, por exemplo, que o livro foi banido pelo Papa Gregório IX em 1232, logo após a sua tradução para o latim, e que dos exemplares ainda existentes um está guardado no Museu Britânico em Londres e outro na Biblioteca Nacional em Paris. Graças a isso, e apesar do autor ter insistido em numerosas ocasiões que o livro é pura ficção, existem relatos de pessoas que acreditam realmente que o "Necronomicon" é um livro real e o próprio Lovecraft recebeu cartas de fãs inquirindo acerca da autenticidade do mesmo.<br />Alguns escritores produziram e apresentaram necronomicons diversos. Um de tais escritores é o italiano Frank G. Ripel, fundador de uma Escola de Mistérios - a Ordem Rosa Mística. Em um de seus livros - La Magia Lunar - Ripel fornece uma tradução em castelhano do "verdadeiro Necronomicon" que, segundo Ripel, teria sido formulado há mais ou menos 4.000 anos a.C. O Al Azif seria uma versão espúria, adulterada através dos tempos. O Necronomicon da Ordem Rosa Mística fundamenta uma série de rituais da Ordem e há quem acredite que todas as entidades nele citadas são reais.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-12163462940567526752009-10-22T14:43:00.000-07:002009-10-22T14:47:38.445-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYUunSDBCwZy8nD7EI4sy9L3WPGDI5QtcJK6fipNT6PlAyuWn0FUpZrxE9JOe4femO5gNXtC_xREQcR-P9_X1Xcr4lwjUQVJ8T_CgAAdK1ZLikm9Nqv1Nz1NfmpVs8jaBH0VXLQnDZgXMl/s1600-h/imagem+mo%C3%A7a+e+rosas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 304px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYUunSDBCwZy8nD7EI4sy9L3WPGDI5QtcJK6fipNT6PlAyuWn0FUpZrxE9JOe4femO5gNXtC_xREQcR-P9_X1Xcr4lwjUQVJ8T_CgAAdK1ZLikm9Nqv1Nz1NfmpVs8jaBH0VXLQnDZgXMl/s320/imagem+mo%C3%A7a+e+rosas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395543970140861970" /></a><br /><br /><br />Lilith<br /> Lilith, uma das mais famosas figuras do folclore hebreu, originou-se de um espírito maligno tempestuoso e mais tarde se tornou identificada com a noite. Fazia parte de um grupo de espíritos malignos demoníacos dos americanos que incluíam Lillu, Ardat Lii e Irdu Lili. Apareceu no Gilgamesh Epic babilônico (aproximadamente 2000 a.C.) como uma prostituta vampira que era incapaz de procriar e cujos seios estavam secos. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja (indicativos de sua vida notívaga). <br /> No Gilgamesh Epic, Lilith foge de casa perto do Rio Eufrates e se estabelece no deserto. Nesse sentido, mereceu um lugar na Bíblia hebraica (o Velho Testamento cristão). Isaías. ao descrever a <br />vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como um <br />sinal da desolação: "Lilith repousará lá e encontrará seu local de descanso" (Isaías 34:14). <br /> Lilith reapareceu no Talmude, onde uma história mais interessante é contada, onde ela é <br />como a mulher do bíblico Adão. Lilith é descrita como a primeira mulher de Adão. Tiveram um <br />desentendimento sobre quem ficaria na posição dominante durante as relações sexuais. Quando Adão insistiu em ficar por cima, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar Vermelho, o lar dos espíritos malignos. Conseguiu muitos amantes e teve muitos filhos, chamados lilin. Lá encontrou-se com três anjos enviados por Deus - Senoy, Sansenoy e Semangelof - com os quais fez um trato. Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. <br /> Uma vez mais atraída a Adão, Lilith retornou para assombrá-lo. Depois que ele e Eva (sua segunda mulher) foram expulsos do Jardim de Éden, Lilith e suas esseclas, todas na forma de incubus / <br />succubus, os atacaram, fazendo assim com que Adão procriasse muitos espíritos malignos e Eva mais ainda. Dessa lenda, Lilith veio a ser considerada na tradição hebraica muito mais uma succubus do que uma vampira e os homens foram alertados para não dormirem numa casa sozinhos para que Lilith <br />não os surpreendesse.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-81407536189102704232009-10-22T10:07:00.000-07:002009-10-22T10:14:33.969-07:00Vampiros na história<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj92IrbooOweCrE2Uh-kIzmAfL_MqoeJ3queGlSjvna6yVp_HbzIkgbk2dw55PlbOkNjIqt7VZcc3guhNOoVk9Siw-FgDroGNfa7VRi1Gc26_Pa1X5lSFQ8OwtIQ6ymSjqDtT90bYvkaJMu/s1600-h/do+inferno.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 314px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj92IrbooOweCrE2Uh-kIzmAfL_MqoeJ3queGlSjvna6yVp_HbzIkgbk2dw55PlbOkNjIqt7VZcc3guhNOoVk9Siw-FgDroGNfa7VRi1Gc26_Pa1X5lSFQ8OwtIQ6ymSjqDtT90bYvkaJMu/s320/do+inferno.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395472528257692882" /></a><br /><br />A história da lenda vampírica no decorrer dos tempos<br /> Vampiro, (Do alem. Vampir < eslavónio ou sérvio upir, pelo fr. vampire). Espectro, espírito ou "alma do outro mundo" que segundo a crendice popular, vai durante a noite sugar os sangue dos vivos até lhe causar, pouco a pouco, a morte por inanição. Outras vezes, não é já o espírito do defunto, mas sim um duplo do seu próprio cadáver que, tornando-se visível, aparece atacando as pessoas para as estrangular e em seguida chupar-lhes o sangue. <br /> Desconhece-se a verdadeira etimologia da palavra "vampiro" que na sua forma vampir é invariável nos idiomas magiar, russo, polaco, checo, sérvio e búlgaro, atestando assim possivelmente a sua origem eslava, sendo digno de registro o fato de serem exatamente os povos eslavos e balcânicos, os que manifestam uma mais arraigada crença na existência de vampiros. Os turcos dão-lhe o nome de uber que significa feiticeiro, sendo por isso alguns etmologistas de opinião de que é esta a origem da palavra. O <br />vampiro é, em geral, um indivíduo que morreu prematuramente ou cuja existência no "outro mundo" é malfadada, podendo, também ter sido em vida um feiticeiro, ou ainda uma pessoa de maus instintos e funesta à sociedade. Assim, a sua alma, o mesmo o seu próprio cadáver, reanimado pelo seu espírito, ou por um demônio, volta a este mundo, que não deseja abandonar. Para obter esse propósito, e conservar para isso a sua vitalidade, apropria-se da existência de um ser vivo, privando-o de um órgão físico essencial ou do seu sangue, considerado universalmente como o verdadeiro veículo da alma e da vida. A origem do vampirismo perde-se na noite dos tempos e a sua crença encontra-se espalhada por todo o mundo. Taylor na sua obra Primitive Culture, trad. francesa vol. II pag 249 e seg., Paris 1878 diz: <br /><br /> "As massas populares mais ignorantes, ao verem que certas pessoas se definhavam sem <br /> causa aparente e iam, dia a dia, perdendo as suas forças, com manifesta falta de <br /> sangue, procuraram explicar a causa desse mal como sendo o ataque de demônios ou de <br /> espíritos maléficos que, pouco a pouco, iam devorando a alma da vítima ou o seu coração, <br /> ou ainda chupavam o seu sangue até lhe causar a morte." <br /><br /> Tal era possivelmente, a maneira como esses povos de tempos idos explicavam, na sua ignorância, diversos estados de caquexia e marasmo, de tuberculose, da anemia, das carências de cancro, <br />etc. A crença nos vampiros, nos gholes e nos lamies, que pertenciam ao mesmo gênero de espectros, fazem parte desses tempos imemoriais, das superstições mais espalhadas entre os árabes, os gregos e todo o Oriente. <br /> Nos contos As Mil e Uma Noites, assim como em muitas outras narrativas árabes, aparece a crença nos vampiros, e até mesmo atualmente, esta crença em certas partes da Arábia e na Grécia <br />moderna , constitui um verdadeiro terror, o mesmo sucedendo entre certos camponeses mais ignorantes dos países do norte do Balcãs, na Hungria e em toda a Europa Central. Entre esses povos citam-se histórias de vampiros que datam do sec X, atacando os seres vivos, ou como os lobisomens, comendo-lhes a carne e bebendo-lhes o sangue. Os gregos davam-lhe também o nome de brucolacos ou urucolacos, considerando-os espíritos excomungados cujo cadáver, não podendo corromper-se no túmulo, voltava em espectro ou em corpo a este mundo para se alimentar com o sangue dos vivos, infestando as populações e maltratando os animais domésticos, especialmente os cavalos. Leon Allatius, escrevia no sec. XVI, com grande cópia e pormenores, afirmando que os habitantes da ilha de Chio não respondiam se não quando o chamavam duas vezes, porque estavam persuadidos de que os vampiros não podiam chama-los mais do que uma vez; Acreditavam também que quando um vampiro chama uma pessoa viva, e esta lhe responde, o espectro desaparece, mas a pessoa morre ao cabo de alguns dias com o sangue chupado. O mesmo dizem os habitantes da Boêmia e da Morávia acerca dos vampiros. Superstições análogas registram-se na Polinésia, Melanésia Indonésia na Índia e entre várias tribos africanas e sul-americanas. Na China, os cadáveres suspeitos de se tornarem vampiros eram expostos ao ar livre para se decomporem antes de serem inumados ou; outras vezes eram incinerados. <br /> Em pleno sec. XVIII uma verdadeira onda de terror motivada por vampiros, espalhou-se pela Lorena, Prússia, Silésia, Polônia, Morávia, Austria, Rússia, Boêmia e todo o norte da Europa. Essa <br />superstição, não penetrou porém em França nem em Inglaterra, devido talvez, à influência intelectual, então exercida pelos grandes filósofos desse século. Na Hungria, o vampirismo, provocou por essa época, uma verdadeira epidemia de pavor. Os jornais que se publicavam na França e na Holanda nos anos de 1693 e 1694, escreviam, que estavam aparecendo muitos vampiros na Polônia e sobretudo na Rússia. <br /> O Mercure Galante, que então se publicava em Paris, afirmava que era uma opinião espalhada entre as populações desses países, que os vampiros apareciam entre o meio dia e a meia noite e que sugavam o sangue dos homens e dos animais com tal avidez, que freqüentes vezes lhes saia pela boca, pelas narinas e pelos ouvidos, e que os seus cadáveres chegavam por isso a nadar no sangue espalhado nos caixões. A notícia acrescentava que estes vampiros eram insaciáveis, comiam as roupas de que haviam sido revestidos os seus corpos, saíam dos seus túmulos e iam de noite abraçar violentamente parentes e amigos, a quem sugava o sangue apertando-lhes a garganta para impedir que gritassem. As pessoas que eram sugadas dessa maneira morriam sempre passados alguns dias. Esse vampirismo ocorria sempre fora das cidades, porque os vampiros não entram em povoações. O remédio aconselhado para pôr cobro a tal perigo, consistia em abrir o caixão da pessoa suspeita de praticar vampirismo, cortar a cabeça do cadáver e perfurar-lhe o coração. O cadáver era sempre encontrado incorrupto, flexível aparentando um aspecto tão saudável como se estivesse vivo. Como dele saía sempre grande quantidade de sangue, muitos dos executantes misturavam este sangue com farinha para fazer pão, que uma vez ingerido lhe garantia para todo o sempre. Outros comiam a terra das suas covas para se livrarem deles. <br /> A epidemia de vampirismo durante o sec. XVIII na Hungria tomou tal incremento que o rei, dizem as notícias da época, resolveu nomear uma comissão para estudar o "fenômeno". O processo de <br />cortar a cabeça e furar com estilete o coração do cadáver suspeito de originar vampirismo, alastrou-se por muitos países e este costume chegou a ser proibido em Inglaterra pela lei de 1824. Noutros países era costume decepar o cadáver colocando-lhe depois de cabeça decepada entre os joelhos. Isto praticava-se <br />principalmente com os assassinos, cujas almas vinham sempre, passado pouco tempo, atormentar os vivos. Outras vezes, o cadáver era reduzido a cinzas, havendo o cuidado de deitar no fogo todo o animal vivo que se encontrava em torno da fogueira, como pássaros, vermes, répteis, insetos, etc., com receio que o vampiro se incarnasse algum deles e assim pudesse tornar a empreender a sua obra destruidora. Na Bulgária era comum a crença de que a melhor maneira de exterminar um vampiro consistia em pedir a um feiticeiro que, por intermédio de um exorcismo, de que só ele era conhecedor, e empunhando a imagem de um santo, ordenasse ao vampiro que entrasse para dentro de uma garrafa cheia com sangue. Uma vez dentro dela, a garrafa deveria imediatamente ser atirada para uma fogueira ateada previamente. Outro aspecto do vampirismo, digno de nota pela sua extravagância, era a crença de que o vampiro voltava a este mundo para ter relações sexuais com a sua viúva ou qualquer outra mulher. Poderá localizar-se esta crença na antiga lenda grega referindo-se à jovem Filinnion, que, depois de morta, foi encontrada com o seu amante Machates, quando dele se despedia já de madrugada; ou ainda, como uma outra versão das crenças medievais associando a idéia de vampiro com a dos súcubos ou íncubus, simbolizando desta maneira a ação do demônio erótico, que vem durante a noite debilitar as forças humanas com os seus incentivos. A origem da crença no vampirismo provém, possivelmente, da idéia presente em todos os povos desde os tempos pré-históricos de que os cadáveres se alimentam como se fossem seres viventes. <br /> A arqueologia mostra que desde tempos imemoriais, era uso colocar alimentos nos túmulos dos defuntos, Para que assim não perecessem à míngua. Esta idéia aliada à existência em épocas remotas de algum animal semelhante ao atual morcego americano a que os zoólogos, por associação de idéias, dão o <br />nome de vampiro, gerou a lenda de que o vampiro é um espectro que se alimenta com o sangue de seres vivos. A esta superstição acresceu o fato de alguns cadáveres ao serem exumados, se apresentarem incorruptos e logo as massas mais ignorantes, numa época em que a ciência não tinha elementos para explicar tais fatos, acrescentaram que esses cadáveres apareciam nadando no sangue que tinham sugado às pessoas vivas para assim poderem evitar a sua putrefação. Vários literatos usaram a superstição do vampirismo nos seus romances e novelas. Byron dedicou-lhe uma passagem na sua obra The Giaour tendo escrito: <>. (Nota 38) Hoffman num dos seus contos, intitulado: Os Irmãos Serapiões, refere-se também ao vampirismo e Teófilo Gautier fez dessa superstição o assunto de La Morte Amoureuse, bem como o escritor J. S. Le Fanu, num episódio de Green Tea. Quem porém tratou o assunto com mais pormenores foi Bram Stoker no seu trabalho Drácula (Londres, 1897), obra onde se encontra condensado tudo o que se refere ao vampirismo numa ação que decorre na Transilvânia. Bibliografia: J. C. Lanson, Modern Greek Folk Lore and Ancient Greek Religion, Cambridge, 1910; J. Machal, Slavic Mithology, Boston, 1918; A. Calmet, Traité sur les Aparitions des Espirits et sur les Vampires, Paris, 1851; S. Hock, Die Vampyrsagen und ihre Verwertung in der Deutschen Literatur, Berlim, 1900; Dudley Wright, Vampires and Vampirism, Londres, 1914; Dissertations sur les Aparitions des Anges, des Démons, des Éspirits et sur les Revenants et Vampires, Paris, 1746; Lettres Juives. Nouvel Edition, Paris , 1738; Philosophicae Chistianae Cogitationes de Vampiriis à Joanne Christophore Herenbergio Gerolforliste, 1773; Pitton de Tournefort, Voyadu Levant, Amsterdão, 1718; Collin de Plancy, Dictionaire Infernal; Vampires, Tom. IV, p. 513; Paris, 1826; etc. <br /><br />Fonte: Este artigo foi retirado da <br />GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA, <br />Volume XXXIV, Editorial Enciclopédia, Limitada. Lisboa/ Rio de Janeiro.edyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7812501769480941075.post-13255896076904352142009-10-21T18:52:00.000-07:002009-10-21T19:00:21.209-07:00um pouco de mim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZCnh5zdYZo8vJJJY2ufGPyE38WeSZNEl1525DnPIujElwZ6lVI4dKdNBK-P66Lg8hII6y5THCiJofLIh9bpTsKRTsXRQS7IyOsu4m10pH9NqISkOTYxVk5otNZVzhSW2_pf1SzZtjJR8s/s1600-h/bela+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZCnh5zdYZo8vJJJY2ufGPyE38WeSZNEl1525DnPIujElwZ6lVI4dKdNBK-P66Lg8hII6y5THCiJofLIh9bpTsKRTsXRQS7IyOsu4m10pH9NqISkOTYxVk5otNZVzhSW2_pf1SzZtjJR8s/s320/bela+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395238052938470498" /></a><br /> <br /><br />tem sido muitos anos...<br />de silencio e noites alucinados<br />muitos anos de dor<br />e agulhas perfurando minhas veias<br />muitos anos...<br />de solidão <br />com uma única companheira<br />a cocaína<br />anos de pura frustração<br />a algo faltando em mim<br />é estranho me olhar...<br />e ver tudo aquilo que mudou<br />olhos vermelhos<br />perdi muita coisa<br />minha inocência<br />as veias do meu braço<br />e meu autocontrole<br />a única coisa que restou...<br />minha imagem<br />a imagem de um cara<br />alegre, feliz<br />viciado...<br />de bem com a vida<br />drogado..<br />tudo que todos querem ver<br />olhos ligados<br />me olho no espelho...<br />e não consigo me ver<br />são tantas mascaras <br />que me perdi<br />me olhei no espelho<br />e não reconheci<br />estava enlouquecendo<br />não podia mais dormir<br />eu sonho toda madrugada<br />com minha morte<br />não confiava nem na minha própria sombra<br />precisava acalmar a adrenalina<br />precisava parar com a cocaína<br />tenho apenas 17 anos<br />e já não sei quem sou<br />acho que avancei demais<br />fui longe demais e não posso mais voltar<br />enfrento todos os dias<br />as paranóias de um viciado<br />a cocaína esta me matando<br />me comendo vivo<br />o álcool...<br />já faz parte das minhas noites<br />já não consigo mais dormir<br />as paranóias e minha consciência não deixam<br />eu sei...<br />fiz muito mau a mim e há outros<br />a algo em mim<br />escuro e perigoso<br />há cocaína em meu sangue<br />o tempo todo ficando mais forte<br />estou afundando na sujeira<br />e fico ai...<br />rodando nas ruas a noite<br />drogado<br />procurando algo que ainda não tenho<br />fique comigo esta noite<br />preciso de alguém<br />conte-me uma historia de amor<br />e me de um pouco de carinho<br />pois sei...<br />estou perdendo minha vida<br />estou caminhando por um beco sem saída<br />estou andando há beira do abismo<br />nunca senti tanta frustração<br />ou esta falta de controle próprio<br />estou enlouquecendo<br />e as drogas me matando<br />faça algo por mim<br />traga o bagulho<br />estique a carreira<br />eu quero que você me mate<br />não quero mais viver<br />tenho que morrer<br />já tentei me esconder<br />da cocaína<br />já tentei fugir de mim<br />mais...<br />eu quero provar da sujeira das ruas<br />a criança dentro de mim morreu a muitos anos<br />eu quero mostrar a todos <br />o que todos querem ver<br />enfiando a pistola na boca<br />em cima da língua <br />você tem a manha?<br />De puxar o gatilho?<br />Faça algo por mim<br />Puxe o gatilho<br />Bang !!!!!!!!!!!!!<br />Hahahahahahaha<br /><br /> Letra escrita em : 02/06/1999 -- 01:42hs<br /> Por : edyhelledyhellhttp://www.blogger.com/profile/09565814266315208033noreply@blogger.com0